Descrição de chapéu Guerra na Ucrânia atletismo

Federação Internacional de Atletismo exclui atletas de Rússia e Belarus de torneios

Competidores já não poderão participar do Mundial de Marcha Atlética por Equipes, no próximo dia 4

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A Federação Internacional de Atletismo anunciou nesta terça-feira (1º) a exclusão de atletas, oficiais e demais funcionários da Rússia e da Belarus de competições internacionais da modalidade, em razão da guerra na Ucrânia .

A medida imposta pelo órgão, que segue a recomendação feita pelo Comitê Olímpico Internacional de não convidar atletas dos dois países para torneios, tem efeito imediato.

Com isso, nenhum competidor russo ou belarusso poderá competir no Mundial de Marcha Atlética por Equipes, que será disputado nos próximos dias 4 e 5 em Muscat, no Omã.

Mariya Savinova, campeã olímpica nos 800 m em Londres-2012, foi uma das atletas envolvidas no esquema de doping russo
Mariya Savinova, campeã olímpica nos 800 m em Londres-2012, foi uma das atletas envolvidas no esquema de doping russo - Lucy Nicholso - 11.ago.2012/Reuters

Os atletas de Rússia e Belarus também não poderão participar do Campeonato Mundial Indoor, em março, na Sérvia, e do Campeonato Mundial de Atletismo, em julho, nos Estados Unidos.

"O mundo está horrorizado com o que fez a Rússia, apoiada e encorajada por Belarus. Os líderes mundiais tentaram evitar essa invasão por meios diplomáticos, mas sem sucesso, dada a intenção inabalável da Rússia de invadir a Ucrânia", disse o presidente da Federação Internacional de Atletismo, Sebastian Coe.

"As sanções sem precedentes que estão sendo impostas à Rússia e a Belarus por países e indústrias de todo o mundo parecem ser a única maneira pacífica de interromper e desativar as atuais intenções da Rússia e restaurar a paz."

A Federação Russa de Atletismo está suspensa da federação internacional desde 2015, em razão dos casos de doping com atletas russos.

Um relatório de 323 páginas divulgado em novembro daquele ano, em Genebra, por uma comissão independente criada pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) apontou que a Rússia desenvolveu uma cultura "profundamente enraizada de fraude" em seu esporte, sobretudo o atletismo.

Após 12 meses de investigação, a força-tarefa encontrou evidências de que governo (por meio de seu serviço secreto), federação esportiva, médicos, atletas e técnicos participaram do esquema.

O presidente Vladimir Putin sempre sustentou que as acusações e as punições, que incluíram sanções a quase mil atletas, a perda de 14 medalhas ganhas em Londres-2012 e o banimento do país por quatro anos de competições internacionais, decidido em 2019 (depois baixou para dois anos), eram parte de uma campanha do Ocidente contra o seu país, na esteira da anexação da Crimeia em 2014.

Nas últimas edições dos Jogos Olímpicos, a Rússia foi proibida de competir sob seu nome, bandeira e hino.

A Federação Internacional de Atletismo também informou nesta terça-feira que discutirá na próxima reunião do conselho, marcada para os dias 9 e 10 deste mês, a suspensão da Federação de Atletismo da Belarus.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.