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Rússia detém jogadora de basquete norte-americana por suspeita de tráfico de drogas

Agência de notícias do país identificou a atleta como a bicampeã olímpica Brittney Griner

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São Paulo

O serviço federal de Alfândega da Rússia anunciou neste sábado (5) que uma jogadora de basquete norte-americana foi detida no aeroporto de Sheremetyevo, nos arredores da capital Moscou, ao ser flagrada portando em sua bagagem cartuchos de vaporizadores contendo um derivado de cannabis (maconha) em forma oleosa. As informações são do New York Times.

O comunicado não revela a identidade da atleta, mas informa que ela conquistou duas medalhas de ouro olímpicas pela seleção dos Estados Unidos. A agência de notícias russa TASS publicou, com base em fontes das forças de segurança, que a jogadora detida seria Brittney Griner, 31, pivô do Phoenix Mercury e campeã nos Jogos do Rio-2016 e de Tóquio-2021.

A identidade foi posteriormente confirmada pelo Phoenix Mercury e pela WNBA, a liga norte-americana de basquete feminino.

Agência de notícias russa identificou a pivô do Phoenix Mercury, Brittney Griner, como a jogadora norte-americana detida com derivado de maconha na bagagem.
Agência de notícias russa identificou a pivô do Phoenix Mercury, Brittney Griner, como a jogadora norte-americana detida com derivado de maconha na bagagem. - 3.out.2021 - Christian Petersen/Getty Images / AFP

A alfândega russa divulgou o vídeo de uma viajante parecida com Griner, de máscara e moletom, passando pelas rotinas de segurança do aeroporto. As imagens mostram o momento em que um agente retira um pacote da mala da suspeita.

A gravação teria sido feita em fevereiro, levantando a hipótese de que a jogadora pode estar sob custódia há muitos dias.

De acordo com o comunicado, foi aberto um processo criminal contra a atleta, e a pena pode chegar a 10 anos de prisão na Rússia, caso ela seja condenada. A substância é legalizada em quase todas as regiões dos Estados Unidos, mas proibida na Rússia.

"Estamos cientes da situação com Brittney Griner e em contato próximo com ela, sua representação legal na Rússia, sua família, suas equipes e a WNBA", disse em nota a empresária da jogadora, Lindsay Kagawa Colas.

"Como é um processo legal em andamento, não podemos comentar mais detalhes sobre o caso. Enquanto trabalhamos para levá-la para casa, sua saúde mental e física continua sendo nossa principal preocupação", acrescentou a representante.

O Phoenix Mercury, a WBNA e a seleção norte-americana de basquete feminino também manifestaram apoio à jogadora. "Nossa principal prioridade é o retorno rápido e seguro dela aos Estados Unidos", afirmou a liga em nota.

A prisão de Griner acontece em meio à tensão entre Rússia e Estados Unidos após o início dos ataques à Ucrânia. Segundo o New York Times, autoridades norte-americanas acusam os russos de forjar crimes para deter seus cidadãos no país eurasiático.

Griner defende a equipe russa UMMC Ekaterinburg desde a temporada 2015/16 durante os períodos de recesso da WBNA. O último jogo dela pelo time aconteceu no dia 29 de janeiro.

Esta é uma situação comum. Diversas atletas da liga feminina norte-americana competem na Rússia durante a entressafra da WBNA, pois os clubes do país pagam salários e prêmios elevados, muitas vezes acima dos rendimentos obtidos nos Estados Unidos.

Segundo um porta-voz da WNBA, todas as atletas norte-americanas, à exceção de Griner, já se encontram fora da Rússia e da Ucrânia neste momento.

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