Descrição de chapéu Copa do Mundo 2022

Chefão do futebol asiático defende Copa no Qatar diante das críticas

Xeque do Bahrein afirma que organização do Mundial é maravilhosa e o ambiente, positivo

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Doha (Qatar) | AFP

O presidente do futebol asiático, xeque Salman bin Ibrahim Al Khalifa, defendeu nesta quinta-feira (24) a organização da Copa do Mundo do Qatar, após as fortes críticas em relação ao respeito aos direitos humanos no país-sede, que se intensificaram nos últimos anos.

O xeque, que comanda a Confederação Asiática de Futebol desde 2013, respondeu com um provérbio: "A caravana passa... E vocês podem completar o resto".

Ele quis dizer que, apesar das críticas, o torneio segue adiante.

O presidente da Confederação Asiática de Futebol, Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa (à esq.), ao lado do presidente da Fifa, Gianni Infantino, na final do Mundial de Clubes entre Palmeiras e Chelsea, em Abu Dhabi
O presidente da Confederação Asiática de Futebol, Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa (à esq.), ao lado do presidente da Fifa, Gianni Infantino, na final do Mundial de Clubes entre Palmeiras e Chelsea, em Abu Dhabi - Giuseppe Cacace - 12.fev.22/AFP

"A organização da Copa do Mundo é maravilhosa e o ambiente é positivo. Não há nenhum problema no nível da infraestrutura e dos estádios no Qatar", afirmou o dirigente do Bahrein, cuja confederação conta com 47 países-membros dos 211 filiados à Fifa, entre eles o Qatar.

"Esta Copa será uma das mais exitosas", acrescentou Al Khalifa.

Desde que a Fifa concedeu a Copa do Mundo ao Qatar em 2010, o primeiro país árabe a sediar a competição, a entidade foi criticada por grupos de direitos humanos pelo tratamento aos trabalhadores estrangeiros, à comunidade LGBTQ+ e às mulheres no país.

Essas acusações foram enfaticamente negadas pelas autoridades, que afirmam ter reformado a legislação trabalhista, e pelos organizadores da Copa, que garantem que os membros da comunidade LGBTQ+ seriam recebidos sem discriminação, em detrimento das normas que criminalizam relacionamentos homossexuais neste pequeno país muçulmano conservador.

Na quarta-feira (23), durante a tradicional foto antes do início da partida contra o Japão, os jogadores alemães colocaram as mãos sobre a boca, em sinal do silêncio imposto, enquanto a federação alemã enviou um comunicado contundente nas redes sociais para deixar claro que "direitos humanos não se negociam".

O Qatar sediará a Copa da Ásia de 2023, depois que a China anunciou sua desistência em maio devido à pandemia de Covid-19.

A Copa da Ásia é realizada a cada quatro anos. O Qatar conquistou o troféu na última edição, em 2019, organizada nos Emirados Árabes Unidos.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.