Diante da vontade de várias seleções que vão disputar a Copa do Mundo de 2022 de usarem braçadeiras de capitão coloridas a favor da inclusão da comunidade LGBTQIA+, a Fifa reagiu neste sábado (19) e lançou suas próprias braçadeiras com mensagens de mobilização.
"O esporte mais popular do mundo também pode contribuir para mudar nossas sociedades para melhor, transmitindo mensagens positivas", escreveu a entidade em um comunicado.
Nos acessórios aparecem vários lemas como "salvemos o planeta", "educação para todos" e "não à discriminação".
"As equipes participantes podem divulgar as mensagens entregues pela Fifa através das braçadeiras dos capitães", escolhendo o lema desejado, explica o comunicado.
Na nota, a Fifa não se pronuncia sobre as braçadeiras coloridas da iniciativa One Love, em defesa da comunidade LGBTQIA+. As autoridades do futebol historicamente se opõem às mensagens políticas nos estádios.
A entidade do futebol não fez comentários sobre a possibilidade de sanções aos capitães que usarem o acessório da campanha.
Manuel Neuer, campeão do mundo com a Alemanha em 2014, deixou claro que vai usar a braçadeira One Love, e sua federação disse estar disposta a aceitar qualquer multa.
"Nosso capitão (Simon Kjaer) usará a braçadeira One Love. Não sei quais seriam as consequências, já veremos", disse por sua vez o meia dinamarquês Christian Eriksen.
Desde que foi escolhido como sede do Mundial, em 2010, o Qatar é alvo de fortes críticas, que se intensificaram com a aproximação do início do evento, em particular sobre os direitos humanos, incluídos os das pessoas LGBTQIA+.
A homossexualidade e as relações sexuais fora do casamento são passíveis de pena no país.
Além disso, o Qatar se envolveu em nova polêmica na sexta (18), quando proibiu a venda de cerveja nos estádios da Copa do Mundo. A Budweiser, uma das patrocinadoras do evento, mostrou-se surpresa.
Ex-mandatário da Fifa, Sepp Blatter disse no início deste mês que a escolha do país árabe como sede do evento foi um erro.
Também neste sábado, Hassan Al Thawadi, chefe do Comitê Supremo para Entrega e Legado da Copa, disse que as críticas ao Qatar como sede da Copa são baseadas em visões racistas do país.
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