Seleção brasileira perde do Marrocos e indica caminho longo de renovação

Pouco entrosado, Brasil vê a equipe marroquina vencer por 2 a 1 em primeiro jogo após a Copa

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São Paulo

A seleção brasileira começou o ciclo para a Copa do Mundo de 2026 com uma derrota por 2 a 1 para a Marrocos, neste sábado (25), no estádio Ibn Batouta, em Tânger. A falta de entrosamento foi crucial para o resultado negativo, e a primeira derrota brasileira em três confrontos contra os marroquinos —havia vencido os outros dois.

A equipe foi comandada interinamente pelo técnico Ramon Manezes, 50, já que a CBF ainda busca um substituto para Tite. Em entrevista à Band, antes do jogo, Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, disse que a seleção deverá contar com o novo treinador em junho, na próxima Data Fifa. As eliminatórias para o Mundial de 2026 começam no segundo semestre.

O italiano Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, é o favorito para assumir o posto de Tite. Rodrigues não confirma nem nega a intenção em contratar treinador de 63 anos e diz que o leque está aberto tanto para estrangeiros quanto para brasileiros.

O volante Casemiro disputa a bola com o marroquino Hakimi, durante o amistoso no Ibn Batouta, em Tânger
O volante Casemiro disputa a bola com o marroquino Hakimi, durante o amistoso no Ibn Batouta, em Tânger - Fadel Senna/AFP

O jogo também marcou homenagens a Pelé, morto em dezembro do ano passado. Todos os jogadores do Brasil atuaram com o nome Pelé na camisa. Também houve um minuto de silêncio, com os jogadores das duas equipes em meio círculo no meio-campo e o telão exibindo foto do Rei.

O Brasil iniciou a partida com apenas quatro jogadores que estiveram em campo na eliminação para a Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar: Éder Militão, Casemiro, Lucas Paquetá e Vinícius Júnior. Caras novas como Emerson Royal, Andrey e Rony ganharam uma chance, mas a continuação no grupo vai depender de quem for o novo chefe.

Já a seleção de Marrocos contou com a mesma base que fez história no Qatar, quando pela primeira vez na história uma equipe africana chegou à semifinal de uma Copa. Bem mais entrosada que o Brasil, a equipe criou boas oportunidades e soube controlar o jogo.

E nem parecia um amistoso. O jogo foi bastante pegado, com muitas faltas e lances ríspidos. Bem postada na defesa, a seleção marroquina conseguia segurar os avanços do Brasil e apostava na ligação direta para tentar surpreender no contra-ataque.

Mas foi o Brasil que teve a chance para marcar. Ou melhor, marcou mas não valeu. Em uma saída atrapalhada do goleiro Bono, que foi destaque na Copa do Qatar, Vinícius Júnior mandou a bola para o fundo da rede, mas a arbitragem anulou por impedimento —após dois minutos de consulta no VAR.

Mas três minutos depois Marrocos deu o troco e conseguiu abrir o marcador. Emerson Royal perdeu a bola na pressão de três jogadores de Marrocos, Boufal tabelou com El Khannous e mandou no canto baixo de Weverton.

Após o gol, o Brasil passou a pressionar um pouco mais, com Rony sendo mais acionado pela direita do ataque. Porém, a equipe errava muitos passes e se afobava na finalização.

No segundo tempo, Ramon Menezes voltou com a mesma formação. O Brasil passou a pressionar um pouco mais e levar perigo em busca do gol de empate, mas continuava apresentando os mesmos erros da primeira etapa.

Aos 19 minutos, Ramon fez as primeiras mudanças no Brasil, sacando Rony, Rodrygo e Andrey e colocando em campo Vitor Roque, Antony e o estreante Raphael Veiga.

E dois minutos após as mudanças, a seleção brasileira empatou. Casemiro recebeu a bola de Paquetá na entrada da área e bateu rasteiro. O goleiro Bono, em uma noite irreconhecível, falhou feio, deixando a bola escapar por baixo.

O jogo estava mais equilibrado, mas em uma nova falha do setor defensivo do Brasil, Marrocos voltou a ficar na frente, com gol de Sabiri, pegando bola rebatida por Militão.

Nos minutos finais, o Brasil foi colocando mais atacantes, mas, cada vez mais desentrosada, não foi capaz de evitar a derrota.

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