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Último técnico da seleção derrotado em casa, Felipão reencontra torcida local

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Em preparação para a tarefa de dirigir a seleção brasileira como anfitriã da Copa das Confederações de 2013 e do Mundial de 2014, Luiz Felipe Scolari faz seu primeiro jogo no Brasil nesta sua segunda passagem pela CBF.

Contando apenas com jogadores que atuam no país, o time enfrenta o Chile nesta quarta-feira, às 22h, no Mineirão.

Antônio Gaudério-21.ago.2002/Folhapress
Felipão comanda o Brasil contra o Paraguai, em Fortaleza, em 2002
Felipão comanda o Brasil contra o Paraguai, em Fortaleza

Foi exatamente Felipão o treinador na última derrota da seleção em casa. Na sua despedida, em jogo festivo, três semanas após a conquista da Copa do Mundo de 2002, o Brasil perdeu por 1 a 0 para o Paraguai, em Fortaleza.

Embora tenha reduzido seu número de exibições em território nacional neste século, a equipe acumula 26 partidas de invencibilidade em casa, entre amistosos e duelos pelas eliminatórias.

Felipão reestreou com revés de 2 a 1 ante a Inglaterra em Londres, em fevereiro. A sequência teve empates com a Itália por 2 a 2, na Suíça, e com a Rússia, por 1 a 1, na capital inglesa. Depois, goleada por 4 a 0 sobre a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra.

Antônio Gaudério - 21.ago.2002/Folhapress
Ronaldo tenta passar pela marcação paraguaia no último jogo do Brasil sob comando de Felipão, em 2002
Ronaldo tenta passar pela marcação paraguaia no último jogo do Brasil sob comando de Felipão, em 2002

Conseguir ótimo desempenho diante de sua torcida é fundamental para os planos do treinador gaúcho, com vistas às duas únicas competições que tem pela frente.

Em toda a história, a seleção perdeu três dos seus 85 jogos oficiais realizados no Brasil. Atuou por Campeonato Sul-Americano -que se tornaria Copa América mais tarde-, Copa do Mundo e eliminatórias. Acumulou 60 vitórias, 22 empates, 237 gols a favor, com média de 2,78 por jogo, e 48 gols contra.

Mas o selecionado nacional acabou derrotado no mais importante dos seus confrontos em casa. Na final da Copa de 1950, no Maracanã, permitiu a virada do Uruguai por 2 a 1, quando precisava de um empate.

No ano anterior, havia sofrido um inédito revés em compromissos oficiais em seu território. Também numa decisão, no Rio, contra um vizinho, com reviravolta no placar e encerrando uma sequência de goleadas. O Paraguai ganhou por 2 a 1 em São Januário e forçou um jogo-desempate pelo título sul-americano de 1949. Porém apanhou dos comandados de Flávio Costa por 7 a 0 em seguida.

A outra queda local da seleção ocorreu na semifinal da Copa América de 1975, que não tinha sede fixa. Uma equipe formada basicamente por jogadores de Cruzeiro e Atlético Mineiro amargou 3 a 1 do Peru em Belo Horizonte. Em Lima, a equipe do técnico Osvaldo Brandão venceu por 2 a 0, mas ficou sem a vaga na final.

Em 45 partidas por eliminatórias, o Brasil jamais foi batido como mandante. Obteve 34 triunfos e 11 empates.

Vanderlei Almeida/AFP
Neymar (esq.) e Felipão durante treino da seleção brasileira
Neymar (esq.) e Felipão durante treino da seleção brasileira

MAIS ALGOZES SUL-AMERICANOS

Antes do tropeço de Felipão contra o Paraguai, em 2002, o Brasil havia perdido para a Argentina por 1 a 0 no Maracanã, sob a direção de Zagallo, em duelo de preparação para a Copa de 1998.

A derrota anterior em casa ocorreu em Campina Grande, em 1992, quando o Uruguai fez 2 a 1 no time de Parreira, que, no amistoso seguinte, superou a então campeã mundial Alemanha por 3 a 1 no Beira-Rio.

Desde a vitória do Peru por 1 a 0 num amistoso em Brasília, em 1985, o Brasil não sofria revés em seus estádios.

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