Juca Kfouri: Felipão surpreende e deixa volantes brucutus fora
Mais importante que os nomes, porque cada um tem os de sua preferência, é a ideia de futebol que está por trás da convocação de Felipão.
E mais importante que ganhar a Copa das Confederações será sair dela, precedida por dois amistosos importantes, com um time praticamente definido para a Copa do Mundo.
Não que ganhá-la seja irrelevante, por mais que os supersticiosos lembrem que jamais um campeão da Copa das Confederações venceu a Copa do Mundo seguinte.
Uma vitória sempre reforça o moral e o amor próprio.
Os 23 chamados desmentem a frase que mais recentemente o técnico tornou célebre, ao dizer que quem gosta de volantes que fazem gols é a imprensa. Ainda bem. Porque convocou volantes que não são brucutus, embora tenha surpreendido com Luiz Gustavo, em vez de Ramires.
Mas surpresa mesmo foi a ausência de Ronaldinho Gaúcho, talvez porque, como este que vos escreve, ele prefira deixar o craque matando um leão por dia até a Copa do Mundo.
Mas convocou o talento de Bernard, o que é um alento, além de uma obviedade.
É de se elogiar a ausência de André Santos, como é de se notar a velha preferência do treinador por atacantes fortes como Hulk e Leandro Damião, homens de referência e que pressionam a saída de bola dos adversários.
Felipão abriu mão da experiência em Copas do Mundo, embora seu time comece por um goleiro calejado, e castigado por uma delas.
Kaká poderia estar no grupo e ao ficar de fora, provavelmente, deprimirá, assim como Alexandre Pato deverá chiar, mas não com Felipão, e sim com Tite.
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