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Maracanã terá o pior sinal para telefonia na Copa das Confederações

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As empresas de telefonia móvel já sabem que vão ouvir reclamações dos clientes durante a Copa das Confederações e começaram a se defender antecipadamente.

Segundo a entidade que representa o setor, Sindtelebrasil, por causa do atraso nas obras dos estádios, as operadoras tiveram em média de 60 a 70 dias para instalar os equipamentos nas seis arenas, bem menos do que o prazo de 120 dias pleiteado pelas operadoras.

A pior situação é a do Maracanã, onde as instalações tiveram que ser feitas em apenas 47 dias.

"As empresas vão colocar antenas móveis [do lado de fora dos estádios] para reforçar o sinal em dia de jogo, mas, sem as antenas dentro dos estádios, essa medida apenas não é suficiente para absorver a demanda", disse à Folha o presidente do Sidtelebrasil, Eduardo Levy.

QUALIDADE

Na próxima semana as teles farão um 'teste de esforço' para qualificar o serviço que pode ser prestado usando apenas as redes que já estão instaladas. A intenção é medir as condições de cobertura, tanto para o sinal de voz quanto de dados nos estádios.

Mesmo que os resultados sejam ruins, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não prevê multa ou punição para as empresas que não conseguirem prestar o serviço adequadamente.

A obrigação, segundo a reguladora, é de reforçar as redes em 50% da área urbana da cidades sedes, oferecendo inclusive internet 4G --de alta velocidade, até dez vezes mais rápida que a 3G.

Essa meta imposta pela agência deveria ter sido cumprida até 30 de abril. Procurada pela Folha, a Anatel informou que todas as operadoras garantiram ter cumprido a determinação.

Agora, a agência iniciou processo de aferição, para saber se a informação de fato confere. Os resultados preliminares desse estudo ainda não foram divulgados.

Apesar dos jogos da Copa das Confederações começarem no dia 15 deste mês, as teles garantem que o trabalho de instalação das antenas vai continuar até que todo o projeto seja concluído.

"Vai ter obra durante a Copa. No dia do jogo a gente para, mas no dia seguinte continua", explicou Levy.

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