Maracanazo e tragédia de Sarriá estão entre as piores derrotas da seleção
Nada se compara ao Maracanazo: a derrota por 2 a 1 de virada para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã com 173,8 mil pessoas, ainda é a maior tragédia do futebol nacional.
"Apesar da alegria de ter ganhado o jogo, vendo a arquibancada, vinha uma tristeza. As pessoas choravam desesperadas, sabe?", disse Ghiggia, o vilão da partida.
Mas a trajetória gloriosa da seleção pentacampeã mundial teve outros tropeços marcantes. O Uruguai mesmo já havia enfiado um 6 a 0 na Copa América de 1920, a maior goleada já levada pelo Brasil.
Depois de ganhar três Mundiais, o Brasil voltaria a ser eliminado da Copa de forma dolorosa em 1978, na Argentina, quando caiu invicto.
Um prenúncio do que viria quatro anos depois, na Espanha, quando o time de Falcão, Sócrates e Zico sucumbiu diante do iluminado Paolo Rossi, que fez todos os gols italianos na vitória por 3 a 2.
"Desastre", foi a manchete da Folha. "Fizemos tudo, mas não era nosso dia", declarou Zico. "Fomos infelizes, e isso resume tudo", afirmou Falcão. Cerezo correu do vestiário para, segundo ele, chorar e gritar no hotel. "Temos direito a isso, não temos?"
Em 1990, uma dor bem particular: a de, pela única vez, ser eliminada pela arquirrival Argentina em uma Copa.
A derrota de 1 a 0 foi construída em grande jogada de Maradona, que arrancou do meio-campo, enfileirou brasileiros e deixou Caniggia na cara do gol para marcar.
A França de Platini eliminou o Brasil em 1986, a França de Zidane saiu vencedora na final de 1998 e a França do mesmo Zidane, mas com gol de Henry, nos tirou em 2006.
Zizinho, que esteve no Maracanazo, explicou o sentimento de uma derrota como aquela ao falar sobre 1982: "Eles tentarão dormir sem acreditar no que aconteceu. Passarão noites horríveis, terão pesadelos sobre o jogo."
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