Condição de gramados de 7 estádios da Copa preocupa Fifa
Palcos onde desfilarão os principais jogadores do futebol mundial, os gramados de sete estádios da Copa preocupam a Fifa.
Avaliação interna da entidade é a de que alguns campos não estão nas condições ideais que a organização da Copa imaginava para a realização do torneio.
Problemas são apontados nos estádios de Curitiba, Cuiabá, Natal, Porto Alegre, Brasília e Manaus.
Editoria de Arte/Folhapress |
O Maracanã também é citado como estádio em que o gramado possui alguns problemas, mas não está entre a maior preocupação.
A constatação é os gramados não vão apresentar falhas nas primeiras partidas desses estádios. Mas, a partir da segunda rodada, a qualidade deve cair, aumentando a chance de sair tufos do campo e, consequentemente, o risco de lesões.
As arenas cujos gramados são os melhores para a Copa na avaliação da Fifa são Itaquerão (SP), Fonte Nova (BA), Arena Pernambuco (PE), Mineirão (MG) e Castelão (CE).
A reclamação é que os estádios de Porto Alegre, Manaus, Natal e Cuiabá não usaram nos últimos meses equipamentos de iluminação artificial para os gramados –a recomendação da Fifa era que essa técnica fosse aplicada para o tratamento dos campos para a Copa.
As luzes, colocadas à noite, servem para ajudar na fotossíntese da grama ou de parte do gramado que não é muito iluminado por causa da cobertura das arenas.
A Arena da Baixada, em Curitiba, é outra que não está no melhor nível, segundo a Fifa, por falta da luz artificial. Os equipamentos demoraram para ser comprados e foram pouco utilizados.
Além disso, o campo da arena paranaense não seguiu à recomendação ideal da Fifa, que prevê o plantio da grama. Em Curitiba, o gramado foi instalado em placas.
Fato semelhante acontece em outra arena que preocupa a Fifa. O Mané Garrincha, em Brasília, também teve a grama colocada em blocos.
Em 2013, o estádio da capital federal foi alvo de críticas de Felipão e do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. O cartola também externou, em outubro do ano passado, preocupação com os campos dos estádios brasileiros.
Já o Maracanã, palco da final do Mundial, gera um pouco de apreensão pela quantidade de jogos que o estádio recebeu desde que houve a reinauguração.
A arena sediou cerca de 90 partidas entre o fim da Copa das Confederações, em 2013, e a entrega do estádio para a Copa do Mundo de 2014.
OUTRO LADO
Procuradas pela Folha, as administradoras dos estádios com relatos de problemas responderam às críticas feitas por fontes ligadas à Fifa.
O consórcio privado Maracanã S/A, que administra o estádio carioca, diz que a arena recebeu 90 jogos desde de 2013, mas que não recebe jogos desde o fim de maio e que esse tempo é suficiente para o gramado ter se recuperado.
A ComCopa (Coordenadoria de Comunicação para a Copa) de Brasília disse que os problemas vistos na Copa das Confederações foram superados, e que o gramado do Mané Garrincha passou por "testes científicos realizados pela FIFA que atestam a excelência do campo".
A Secopa-MT (Secretaria Especial da Copa do Mato Grosso) diz que a iluminação artificial "foi instalada na tarde desta segunda-feira (9) na Arena Pantanal e estará funcionando normalmente a partir de terça-feira (10)".
O Governo do Amazonas diz que não instalou a iluminação artificial no gramado da Arena da Amazônia "porque não há necessidade de tal recurso tendo que em vista a incidência de luz natural no campo".
A Greenleaf, empresa responsável pela instalação dos gramados do Maracanã, Mané Garrincha e Arena Amazônia, disse que os estádios receberam tratamento especial com semente de grama de inverno, e que "todos os gramados instalados e mantidos pela empresa estarão em excelentes condições durante a Copa do Mundo".
As empresas ou secretarias responsáveis pelos outros estádios citados não responderam ao contato da Folha.
Pedro Ladeira - 18.mai.2013/Folhapress | ||
Gramado do estádio Mané Garrincha, em Brasília, é um dos que preocupam a Fifa |
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