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O alemão: "Alemanha teme a revanche de Gijon"

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A recompensa veio logo após o retorno ao Campo Bahia, na quinta-feira (26/6) à noite. As namoradas e esposas dos jogadores da seleção os visitaram para jantar. Pela primeira vez durante a Copa do Mundo no Brasil, elas puderam passar a noite com seus namorados e maridos. "Uma boa recompensa pela vitória de 1 x 0 contra os Estados Unidos", disse o técnico da Alemanha Joachim Löw. "Boa arrancada para as oitava contra a Argélia", disse também Mats Hummels.

Jogando contra um time como os Estados Unidos, a vitória não pode ser vista como espetacular. A partida foi monótona, um pouco parada, mas apesar de tudo, a vitória foi merecida. A equipe de Löw dominou a partida contra os americanos lembrando até mesmo os melhores tempos do futebol espanhol. O jogo não teve nada de mágico, foi pragmático. O futebol apresentado pela seleção alemã, não teve velocidade como se vê geralmente no time do Dortmund, mas sim houve muita posse de bola no estilo bávaro de jogar futebol. O meio de campo composto por jogadores do Bayern de Munique, principalmente com a entrada de Schweinsteiger, agradou muito.

Mas nenhum dos jogadores alemães admitiu estar realmente satisfeito depois de conquistada a vitória. "Observando a qualidade da nossa equipe, composta por tantos jogadores de nível internacional, tudo o que queremos realmente é ser campeões nessa Copa", disse Mesut Özil. "Nós não estamos aqui para chegar às oitavas. Não! Estamos aqui para ganhar essa Copa!", completou o jogador.

E para isso acontecer, eles precisam também passar pela Argélia. Argélia? "Eu conheço alguns de seus jogadores", respondeu imediatamente Jerome Boateng. "Um deles joga até mesmo no Valencia, não é verdade?", perguntou.

Realmente, Feghouli, por exemplo, não é a única fonte de perigo do time argelino. "Nós conhecemos as equipes do norte africano. Eles são muito ágeis, geralmente têm muito fôlego, possuem uma ótima condição física e também possuem um excelente domínio de bola", disse Manuel Neuer.

Mas o que Neuer e Boateng não mencionaram após a classificação para a próxima fase, é que os argelinos estão loucos por uma revanche de uma das maiores vergonhas do futebol de todos os tempos: Gijon.

O fato aconteceu em 25 de junho de 1982, em Gijon, na Espanha. Naquele ano, Miroslav Klose tinha apenas quatro anos de idade. Horst Hrubesch marcou 1 a 0 contra a Áustria, no 10° minuto da última partida do seu grupo naquela Copa do Mundo.

Foi um gol fatídico, porque esse resultado bastava para classificar a Alemanha e a Áustria para a próxima fase. Depois disso, o jogo foi seguido por 80 minutos de um "pacto de não-agressão" entre os dois times, pelo qual a Argélia que era a segunda colocada no grupo, acabou sendo desclassificada.

"Claro que não estamos contando com uma repetição desse fato vergonhoso. A partir do primeiro jogo das oitavas, cada jogo é uma final", disse Neuer, que nunca se cansou de destacar a importância da classificação na primeira fase. "Esta Copa do Mundo está muito estranha. Muitas seleções consideradas favoritas já foram eliminadas. Outras equipes como a Argélia, que nunca seriam consideradas favoritas, estão classificadas", completou o goleiro.

Isso porque os dois maiores adversários da Alemanha, Itália e Espanha, já foram eliminados. As duas equipes do sul da Europa, que nos últimos quatro campeonatos disputados (duas Eurocopas e duas Copas do Mundo) conseguiram eliminar duas vezes a Alemanha, já voltaram para casa há muito tempo. Outras seleções importantes como Inglaterra e Portugal também já partiram.

Os favoritos sendo eliminados já no primeiro turno, acabam abrindo caminho para a equipe de Löw para as oitavas em Porto Alegre, as quartas no Rio de Janeiro e, quem sabe, para as semifinais em Belo Horizonte e para a grande e esperada final no Maracanã.

É claro que depois dos adversários argelinos, no restante das eliminatórias virão os adversários mais difíceis, como a França (nas quartas de final), Brasil (na semifinal) e Argentina ou a Holanda (na final). Essas seleções seriam as possíveis rivais da seleção alemã. Mas o lema permanece sendo: o que importa é seguir o caminho.

Miroslav Klose disse emocionado que nessa Copa do Mundo as equipes com mais paixão e garra estão passando para a fase seguinte. "É claro que tudo é difícil. O desejo de vencer a Copa precisa ser prioridade. É preciso deixar a paixão mandar", comentou ele.

Para o técnico da seleção alemã, somente a paixão não seria suficiente para a conquista do título. "Acima de tudo, é necessário ter um jogo ofensivo, mais ajustado e inspirado. É importante melhorar o passe de bola nos últimos 15 minutos de jogo", afirmou Löw. Até agora, apenas o atacante Müller conseguiu convencer 100% com seus quatro gols. Löw também não deixa nenhuma dúvida de que quer chegar até a final. "Nas oitavas, é tudo ou nada, ganhar ou ir para casa", ponderou.

Na Copa do Mundo realizada na África do Sul em 2010, a seleção alemã somente obteve seu melhor desempenho, após jogos instáveis na fase eliminatória. Jogou com tudo, conseguindo vencer a Austrália (4 x 0), a Sérvia (1 x 0) e Gana (1 x 0). Tudo antes de enfrentar a Espanha ainda nas semifinais, quando o sonho da seleção alemã de chegar a final acabou. Esse pesadelo certamente não acontecerá nesta Copa do Mundo novamente.

O jogador do Bayern de Munique, Toni Kroos, respondeu sorrindo ao ser perguntado sobre o que estaria faltando para a seleção alemã. "A gente precisa apenas vencer os próximos quatro jogos."

Tradução de CARLA SILVEIRA

Editoria de Arte/Folhapress
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