Manutenção da Arena Amazônia vai custar o dobro do previsto
A manutenção da Arena Amazônia, orçada em R$ 669,5 milhões e palco de quatro jogos da Copa, custará R$ 12 milhões por ano, de acordo com a Fundação Vila Olímpica, braço do Estado que administra as praças esportivas.
O valor é o dobro do que havia estimado o governo do Amazonas um ano atrás, e refere-se a custos com energia elétrica, limpeza, funcionários, segurança e despesas diversas.
O custo deverá subir daqui a 12 meses, quando termina a manutenção do gramado feita pela empresa Greenleaf, responsável pelo plantio. A tarefa ficará a cargo do Estado.
"O estádio é muito técnico, extremamente científico. Até para acender uma luz é complicado, tem que ter uma conduta específica, um procedimento correto, não é qualquer pessoa que pode manusear", afirma Ariovaldo Malizia, diretor da fundação.
Segundo o governador José Melo (Pros), já há um consenso de que o melhor destino para o estádio é a concessão privada, já que, além da manutenção mensal, o governo precisa quitar o empréstimo de R$ 400 milhões que tomou para erguer a obra.
A conta vai além. As estruturas complementares, exigência da Fifa, custaram ao governo R$ 42 milhões –R$ 7 milhões a mais do que o previsto.
Uma licitação internacional será aberta para exploração da arena, mas não há um plano B caso fracasse.
Para o governo, a arena não será um elefante branco. Segundo Evandro Melo, coordenador da UGP-Copa, já há 11 pedidos para shows.
Nesta terça (15), a cidade apresentou o balanço da Copa: 119,9 mil turistas visitaram Manaus e deixaram R$ 325,8 milhões na economia local.
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