Com apenas um dia de definições do Troféu Maria Lenk, derradeira seletiva olímpica da natação, a equipe feminina já acumula mais atletas classificadas para os Jogos Olímpicos do Rio do que na edição anterior do evento, em Londres.
Nesta sexta (15), Joanna Maranhão (400 m medley), Daynara de Paula e Daiene Dias (100 m borboleta) foram as primeiras nadadoras a assegurar vaga olímpica.
Como outras três atletas já obtiveram índice na primeira seletiva, em dezembro, em Palhoça (SC), o contingente feminino que representará o Brasil em agosto chegou a seis –o máximo que pode acontecer é as competidoras com índice serem superadas.
Em Londres-2012, a seleção feminina teve quatro atletas, não chegou a finais e não disputou revezamentos.
No Rio, a situação será bem diferente. O Brasil está garantido para o 4 x 100 m livre, 4 x 200 m livre e tem boas chances de ir no 4 x 100 m medley.
"Hoje, estamos mais confiantes", disse Manuella Lyrio, que já tem índice para os 200 m livre e neste sábado (16) concorre nos 400 m livre.
Desde o fracasso em Londres, a seleção feminina se fortaleceu. Em boa parte graças aos resultados de Etiene Medeiros, primeira nadadora do país a ganhar medalhas em Mundiais na piscina curta (em Doha-2014) e na longa (em Kazan-2015 ).
Ela também foi pioneira ao levar o ouro nos 100 m costas no Pan de Toronto, em 2015. Ela cai na água neste sábado para tentar obter índice olímpico para a distância –já tem para os 50 m e 100 m livre.
A ascensão de Etiene puxou a evolução das demais.
Para Fernando Vanzella, que assumiu o comando da seleção feminina após Londres-2012, a melhora é resultado de mais investimento.
"Esperamos ter no Rio uma equipe com dez ou onze meninas", afirmou.
Já garantida nos Jogos do Rio, Joanna Maranhão destoou do discurso do técnico, mas reconheceu a evolução.
"As nadadoras têm se desenvolvido, mas menos por apoio da confederação e mais por conta própria", disse.