Ambas saíram dos Jogos Olímpicos de Londres como sensação. Jovens, bonitas e vencedoras, surgiram como fenômenos das piscinas.
Quatro anos depois, no Rio, as realidades de Ruta Meilutyte, 19 e Missy Franklin, 21, mudaram radicalmente.
Gabriel Bouys/AFP | ||
Ruta Meilutyte durante competição nos Jogos do Rio |
A lituana, recordista mundial dos 100 m peito é campeã olímpica na Inglaterra, amargou na noite desta segunda-feira (8) um revés categórico.
Foi apenas a sétima colocada na final, com um tempo dois segundos acima de seu melhor.
Na saída da piscina, em conversa com jornalistas, teve de interromper a entrevistas diversas vezes para chorar. "Não me senti confortável, não sei o que aconteceu. Talvez tenha deixado a emoção tomar conta demais."
O ouro na prova ficou com a norte-americana Lilly King, que foi seguida pela russa Iulia Efimova e pela também norte-americana Katie Meili.
Missy foi uma das atletas mais condecoradas em Londres, com cinco idas ao pódio, quatro delas para receber medalhas douradas.
Dominic Ebenbichler/Reuters | ||
Missy Franklin durante prova nos Jogos Olímpicos do Rio |
Acometida de um problema crônico nas costas, ela viu sua soberania ruir neste ciclo. Classificou-se para somente três provas na Rio-2016 (200 m livre, 200 m costas e revezamento 4 X 200 m livre).
Nesta segunda, ela nem sequer avançou para a final dos 200 m livre –havia sido quarta colocada em Londres e campeã mundial em 2013 na mesma distância.
A exemplo de Ruta, chorou em conversa com jornalistas, embora mais comedidamente.
"Eu dei tudo o que tinha e não foi suficiente. Eu tenho tentado descobrir o que está acontecendo. Tenho que continuar lutando e acreditando em mim", afirmou.
Além do declínio, ela tem sido ofuscada pela ascensão de Katie Ledecky, que já venceu os 400 m livre e é favorita para triunfar nos 200 m livre nesta terça-feira.