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Na maratona aquática, Ana Marcela tenta 1ª medalha da natação na Rio-2016

Ana Marcela Cunha queria sentir a dor de nadar 25 km. Parecia quase uma penitência. Depois de perder por apenas uma posição a chance de se classificar para os Jogos de Londres-2012, ela se jogou no mar de Xangai, na China.

Depois 5 horas, 29 minutos e 22 segundos, saía da água com a medalha de ouro no Mundial e a certeza de que a história seria diferente na Olimpíada seguinte.

A nadadora brasileira chega nesta segunda (15), às 9h, à praia de Copacabana com um status completamente diferente. A atleta que bateu na trave em 2011 e nem foi aos Jogos hoje é favorita à medalha de ouro.

Ana Marcela, 24, acumulou nos últimos anos uma prata e um bronze nos 10 km em Mundiais. Essa é a distância nadada nas Olimpíadas.

Em 2014, traçou como meta se tornar a primeira atleta a conquistar medalha em todas as oito etapas do Circuito da Copa do Mundo de maratonas aquáticas. Conseguiu e foi eleita a melhor nadadora da sua modalidade pela Fina (Federação Internacional de Natação).

Em 2015, a atleta conquistou 11 pódios internacionais consecutivos, carimbou a vaga para a Rio-2016 e ainda ganhou a única medalha de ouro para o Brasil no Mundial de Kazan, na prova dos 25 km. Foi eleita a melhor atleta do ano pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil).

Ana Marcela terá a missão de buscar a primeira medalha para a natação brasileira nos Jogos do Rio. Na piscina, que ela também frequenta, o país não atingiu nenhum pódio. O número de finais aumentou: oito contra seis de Londres.

Na última Olimpíada, Thiago Pereira havia conquistado uma prata nos 400 m medley, e Cesar Cielo, um bronze na final dos 50 m livre.

Nunca uma mulher do país ganhou medalha em Jogos Olímpicos nadando.

Ela terá a companhia de Poliana Okimoto, 33, outra nadadora que tem sido destaque das maratonas aquáticas do Brasil, que foi campeã mundial dos 10 km em Barcelona-2013.

Em Londres, Poliana deixou a prova passando mal por causa de hipotermia.

A temperatura da água em Copacabana pode ser um fator positivo para as brasileiras. O mar pode chegar nesta segunda a até 23,4º C.

Atletas da Europa costumam preferir temperaturas mais baixas. Por questões de segurança para os atletas, não podem ser disputadas provas quando a temperatura é menos do que 16º C ou maior do que que 31º C.

Já houve casos de morte de atletas que nadavam em águas muito frias.

As ondas também ajudam Ana Marcela, que gosta de mar agitado e já disputou diversas provas no Rio de Janeiro.

Antes de chegar à sede da Olimpíada, os brasileiros fizeram um treinamento de altitude de 2 a 23 de julho, em La Loma, no México. Nadar em lugares altos ajuda a aumentar a oxigenação do sangue.

Brasileiros classificados para a Olimpíada

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