Usain Bolt, 29, tem prazer em redefinir parâmetros.
Ele mudou o curso da história das provas de velocidade, com recordes, caras, bocas e impôs seu biótipo, alto e musculoso, como tendência em um território onde reinavam atletas de baixa estatura.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Melhores tempos de Bolt |
Também alterou o significado da palavra domínio, como primeiro bicampeão olímpico da dobradinha 100 m/200 m.
Neste domingo (14), o jamaicano ascendeu a um padrão atingido apenas por si.
Com um tempo de 9s81, Bolt conquistou a medalha de ouro nos 100 m no Estádio Olímpico e se tornou o primeiro na história a vencer três vezes a prova mais nobre de todos os Jogos Olímpicos.
Ele triunfou Pequim-2008, Londres-2012 e agora, no Rio. Bolt também detém o recorde mundial da prova, de 9s58, registrado em 2009, em Berlim.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Tempos de Bolt em Olimpíadas |
Bolt superou o norte-americano Carl Lewis, que havia sido vencedor na distância em Los Angeles-1984 e em Seul-1988 -nesta vez, perdeu o ouro na pista, mas foi beneficiado com a desclassificação do canadense Ben Johnson, flagrado no antidoping.
Perante um estádio praticamente lotado, outro americano, Justin Gatlin, vaiado a todo momento pelo público devido ao seu histórico de envolvimento com doping, terminou com a medalha de prata (9s89) e o canadense Andre de Grasse com o bronze (9s91).
Ele buscará o terceiro título consecutivo nos 200 m a partir desta terça (16), quando ocorrerão as eliminatórias. A final será realizada quinta (18).
O jamaicano chegou ao Rio sob desconfiança depois de ter se lesionado e abandonado a seletiva de seu país no início de julho. Foi convocado por ter obtido tempos fortes anteriormente e com respaldo de um aval médico que ratificou a gravidade de sua lesão.
Como se isso atrapalhasse. Em Bolt, a máxima é desmentida. O raio cai várias vezes no mesmo lugar. No Olimpo.