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Com mais atletas em último, Brasil foi líder em 'medalhas de chumbo', diz jornal

O Brasil não alcançou a meta do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) de ficar entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas, mas sagrou-se campeão em outra disputa, ainda que pouco desejada pelos atletas: a do maior número de "medalhas de chumbo" da Rio-2016.

Essa é a expressão usada pelo "Wall Street Journal" para classificar os países com mais atletas que terminaram suas provas no último lugar. Segundo levantamento do jornal, o Brasil foi líder isolado. Venceu 21 medalhas de chumbo, 12 a mais que o segundo colocado, o Egito.

Phil Noble/Reuters
Gustavo Albuquerque, do Brasil, tenta derrubar o argentino Matias Moroni em partida de rúgbi da Rio-2016; com pouca tradição, Brasil terminou em último
Gustavo Albuquerque, do Brasil, tenta derrubar o argentino Matias Moroni em partida de rúgbi da Rio-2016; com pouca tradição, Brasil terminou em último

Para ficar entre os dez primeiros no ranking da Olimpíada, o COB afirmou antes da competição que guiaria a meta pelo total de medalhas conquistadas, não pelo número de ouros, padrão usado normalmente pelos outros países.

Se o critério valesse para o pódio do jornal americano e as medalhas de lata (penúltimo lugar) e zinco (antepenúltimo) fossem contabilizadas, o Brasil estaria ainda mais isolado na primeira colocação, com um total de 45 medalhas. O segundo colocado seria a Austrália, com 29.

Segundo o "Wall Street Journal", essa é a segunda Olimpíada consecutiva em que o país-sede tem o "melhor pior desempenho". Em Londres-2012, a Grã-Bretanha foi a campeã.

Países-sede, por possuírem atletas em modalidades nas quais não competiriam se não sediassem os Jogos, costumam subir mais frequentemente ao "pódio invertido". É o caso de equipes brasileiras com pouca tradição no país, como o polo aquático feminino e o rúgbi de sete masculino.

Esportes mais familiares aos brasileiros, porém, também contribuíram com o ranking de medalhas indesejadas, em provas como o salto em distância, em que Keila Costa terminou em último, e o basquete feminino, em que a seleção terminou em penúltimo, sem nenhuma vitória.

Em meio a tantas lideranças indesejadas, ao menos uma não coube ao Brasil. O Michael Phelps ou a Simone Biles do fracasso na Rio-2016 felizmente não é brasileiro. Trata-se de Kevin Crovetto, ginasta de Mônaco, que encerrou a participação na Olimpíada com quatro chumbos e um zinco.

Pódio invertido - Países que tiveram mais medalhas de chumbo, lata e zinco

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