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Medalhistas do Brasil na Rio-2016 terão outros ciclos olímpicos

As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze se destacaram na Rio-2016 ao ganhar o ouro na classe 49er FX da vela. Com 25 anos, elas terão, muito provavelmente, outra chance de disputar uma Olimpíada em alto nível, assim como a maioria dos brasileiros que ganharam medalha nos Jogos.

Dos 19 atletas que subiram ao pódio na Rio-2016 (sem contar futebol e vôlei, que são esportes coletivos), 15 estão abaixo dos 30 anos e 11 ficaram abaixo da média de idade dos medalhistas em suas modalidades.

No caso da classe 49er FX da vela, por exemplo, a medalhista mais velha, a italiana Giulia Conti, que ficou com o bronze ao lado de Francesca Clapcich, tem 30 anos. A finalista mais velha tinha 32. Tanto Martine como Kahena terão 29 anos em Tóquio-2020.

"As duas vão estar absolutamente aptas a disputar, em nível competitivo, medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. São velejadoras jovens e estamos convictos que ainda têm um ou dois ciclos olímpicos para disputar de forma bastante competitiva", disse Daniel Santiago, diretor da CBvela (Confederação Brasileira de Vela).

No judô, Ney Wilson, gestor de alto rendimento da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), afirma que o trio de medalhistas do Brasil na modalidade na Rio-2016 está no projeto da entidade para a disputa da Tóquio-2020 apesar da idade dos atletas.

Segundo um levantamento feito pela Folha, Rafael "Baby" Silva (bronze na categoria mais de 100 kg), 29, esteve bem acima da idade média (26,5) dos finalistas. Na de Mayra Aguiar (até 78 kg), 25, a lutadora mais velha a fazer o mesmo tinha 26 anos, apenas um a mais do que a brasileira, que terá 29 em 2020.

"A idade é muito relativa na nossa modalidade. Depende de como é a vivência do atleta no esporte, das lesões e de quanto tempo ele vai se manter no peso [da categoria em que compete]. Cada ciclo olímpico é bem desgastante. A ida à Tóquio-2020 dependerá do desempenho deles ao longo desse período", disse Wilson.

Mesmo no caso de "Baby", que foi o medalhista olímpico mais velho do peso-pesado, o gestor afirmou que a idade não será um problema. "Quanto mais pesada a categoria, mais tranquila é a manutenção do atleta para o ciclo olímpico".

Nos casos de Thiago Braz, 22, ouro no salto com vara, e Isaquias Queiroz, prata nas categorias C2 1.000 m e C1 1.000 m e bronze no C1 200 m, é bem provável que os dois tenham condições de competir em alto nível nas duas próximas Olimpíadas.

"Não há uma regra de idade. Se você usar uma data limite, você corre o risco de erro. Depende do estilo de vida da pessoa. Tem que avaliar com cuidado. Na canoagem, ter uns 30 anos não é considerado velho. Na Rio-2016 tinham muitos acima dos 30 e que fizeram uma grande competição", disse Alvaro Acco Koslowski, supervisor da CBCa (Federação Brasileira de Canoagem).

Na ginástica, Leonardo Finco, coordenador de seleções da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), afirmou que ainda não é possível saber se os três medalhistas do Brasil no Rio (Diego Hypolito, 30, Arthur Nory, 22, e Arthur Zanetti, 26) terão chances de competir em Tóquio-2020.

Tanto Hypolito como Zanetti foram os medalhistas mais velhos em suas categorias.

"É cedo [para prever]. Ainda tem quatro anos e todos, hoje, têm condições de continuar. A gente está observando o desempenho dos atletas e, com qualidade na preparação e nos treinamentos, conseguimos preservar o alto nível de rendimento. Vai depender de uma série de fatores que vamos acompanhar ao longo do tempo", afirmou Finco.

Chamada - Medalhistas

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