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Thiago Braz ganha barra de 1 kg de ouro e agradece 'patrocínio' de Fabiana Murer

O campeão olímpico do salto com vara Thiago Braz, 22, ganhou uma barra de ouro de 1 kg (que vale o equivalente a R$ 135 mil) em cerimônia na BM&F Bovespa nesta quinta-feira (25), em São Paulo.

Paulista de Marília, o saltador recebeu o prêmio do clube que representou entre 2010 e 2014, antes de se mudar para a Itália para treinar com o ucraniano Vitaly Petrov.

Novo dono no recorde olímpico (6,03 m), Braz lembrou que, nos três primeiros meses da mudança de Bragança Paulista para treinar em São Caetano do Sul, foi Fabiana Murer quem o "patrocinou".

"Foi bem no início da minha carreira. Quando cheguei de 2009 para 2010, ainda não era contratado do clube e ela me ajudou financeiramente. Ela me deu grana para me manter na equipe aqui em São Paulo. Eles iam me contratar em janeiro mas eu já tinha chegado em setembro", explicou Braz, medalhista de ouro nos Jogos do Rio.

A bicampeã mundial, que anunciou sua aposentadora nesta quinta-feira (25), disse que incentivou o saltador porque sabia da dificuldade que os jovens enfrentam.

"Eu resolvi ajudar porque tinha a condição que o clube já me dava, era para ele poder vir para São Paulo, treinar e se desenvolver. Bom saber que influenciei atletas como o Thiago, que veio treinar no meu clube", lembra Fabiana, que sempre foi treinada pelo marido Elson Miranda, que também foi responsável pelo desenvolvimento de Braz durante os quatro anos dele no clube paulista.

FRANCÊS

A conquista de Braz, uma das mais emocionantes da Olimpíada carioca, ficou marcada também pela reclamação do francês Renauld Lavillenie, após vaias da torcida brasileira no Engenhão.

"Ele estava super chateado porque a torcida tinha vaiado ele. Depois, ficou mais tranquilo. É uma pessoa bem bacana. A gente conversou e tudo ficou resolvido naquele dia. O [ex-recodista mundial do salto com vara] Sergey Bubka estava ali [no Engenhão] aconselhando também", disse Braz.

O brasileiro ainda fará três provas neste ano antes de retornar ao Brasil, em 12 de setembro. Não haverá provas na Franças, mas ele afirma que vai se preparar para vaias caso haja algum tipo de retaliação da torcida francesa.

"Se eu for para a França, já vou entrar preparado para isso. Eu sei que a vaia é ruim para o atleta, mas tem que entender que a torcida seria para o brasileiro ganhar medalha [no Rio]. A torcida do futebol é assim, fui na final [no Maracanã] e foi do mesmo modo, pude compreender um pouco melhor o que aconteceu ali no estádio [de atletismo]".

Em relação ao que já aconteceu em sua carreira depois do ouro e do recorde olímpico, o saltador disse que as únicas grandes mudanças foram a atenção dos jornalistas e o números de seguidores de sua página no Facebook.

"Mudou nada, só essa zona [para entrevistas] aqui mudou bastante. Estou dando bastante entrevista. Estou cansado. Posso dizer que meu Facebook tinha dois mil seguidores e hoje está com 82, 83 mil. O reconhecimento na rua está ocorrendo. Fico feliz", conclui.

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