O BRASIL DE PORTUGAL


Velho Mundo e Novo Mundo se encontram no convés da Nau Capitânia. Brancos e índios _e, um pouco mais tarde, negros_ iniciam uma história de aproximação e conflito.

Ao contar a origem do país, a imagem de Pedro Álvares Cabral com os índios é referência obrigatória. De braços erguidos para o céu, frei Henrique celebra a nova terra.

O bandeirante desbravador, a expulsão dos holandeses e o gesto do imperador libertando o país de quem o colonizou são outros lementos de uma história contada, em grande parte, por pintoresdo século 19, discípulos de uma escola artística que enalteceu os símbolos nacionais.

Museu Paulista

Cabral e os índios

O encontro de Pedro Álvares Cabral com os índios, em abril de 1500, na Nau Capitânia, é retratado na pintura de Oscar Pereira da Silva. O fato é descrito pelo escrivão da frota portuguesa, Pero Vaz de Caminha: "o capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande ao pescoço. E Sancho de Tovar, e Simão de Miranda, e Nicolau Coelho, e Aires Corrêa, e nós outros que aqui na nau com ele íamos, sentados no chão, nessa alcatifa. Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao capitão, e começou a fazer acenos coma mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra". A obra integra o acervo do Museu Paulista

"História Geral da Arte no Brasil"

A primeira missa

A tela de Victor Meirelles (1832-1903) mostra o olhar do pintor do século 19, marcado pelo romantismo, sobre o improviso português para montar um altar e fazer uma cruz com as árvores derrubadas na costa logo após o Descobrimento. O quadro "A Primeira Missa no Brasil" (1861) mostra fato ocorrido em 26 de abril de 1500, também relatado por Caminha, e faz parte do acervo do Museu nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro

 
Fotos "O Exército na História do Brasil"  

Estácio de Sá

O quadro de Benedicto Calixto mostra o português
partindo de São Vicente para combater os franceses no Rio de Janeiro, em 1565; os franceses tinham ao seu lado os tamoios; Estácio de Sá aliou-se ao temiminós para combatê-los

Anhanguera

Pintura de Teodoro Braga mostra o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva acendendo uma vasilha com álcool. Para os índios, que não conheciam o produto, ele teria posto fogo em água; o truque teria rendido a Bueno da Silva o nome de Anhanguera (diabo velho)
 
Guerra contra
os invasores


Na visão romantizada de Victor Meirelles, uma nova nacionalidade se organiza na "Batalha de Guararapes", em 19 de abril de 1648, marco na luta contra os holandeses
   



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