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O PAÍS DE PAPEL
Fundação
Biblioteca Nacional/Reprodução
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Mapa das Cortes
De 1749, a carta serviu de base para o Tratado de Madri, de
1750, pelo qual Portugal e Espanha traçaram os novos limites
das colônias ibéricas. O autor tenta minimizar as perdas espanholas
das províncias de Cuiabá, Mato Grosso e Amazonas; é no século
18 que os portugueses finalmente consolidam a colonização do
território brasileiro |
“Terra
Incógnita”, “Terra não Descoberta”. Um território povoado por cenas
indígenas, animais exóticos, figuras imaginárias como guerreiras amazonas
e índios sem cabeça surge nas primeiras representações cartográficas
do Brasil.
Se o interior escondia o misterioso, o litoral era bem conhecido.
A Ilha de Vera Cruz descoberta por Cabral é logo substituída nos mapas
por uma grande massa continental, com seus contornos detalhados.
Um mapa de 1556 é uma síntese da separação entre a “terra incógnita”
e o litoral. Mostra com precisão o conhecido _desenhado sob o ponto
de vista de uma embarcação européia que chega às novas terras_ e recheia
o desconhecido com imagens exóticas.
O mistério é incentivado por questões políticas. Durante o período
colonial, potências como Portugal e Espanha escondiam seus mapas por
razões estratégicas. O Mapa das Cortes, de 1749, serve de base para
o Tratado de Madri.
O país que nele surge agora é outro: sem guerreiras amazonas, índios
sem cabeça ou monstros imaginários.
Leia
mais: Império desenha país civilizado
e exótico
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