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Co-fundador da Microsoft revive cinema dos anos 50

da Reuters 02/06/2000 17h13
em Seattle

Pense nisso como realidade virtual ao estilo dos anos 50. O bilionário de Seattle Paul Allen, co-fundador da Microsoft, colocou sua riqueza a serviço da recriação de uma tecnologia extinta: o Cinerama.

Allen, por meio da empresa Vulcan Northwest, juntou um time para restaurar o cinema Cinerama no centro de Seattle, para acomodar novamente a espetacular tela larga original.

A marca de um verdadeiro Cinerama é uma tela curva de 29 metros de extensão, 50% maior do que as telas usadas atualmente. Três projetores gigantes geram três imagens lado a lado.

Quando as cortinas subirem nesta sexta-feira, essa será a única sala de cinema do mundo capaz de exibir os filmes feitos para o formato, que foram mostrados recentemente no museu de Bradford, na Inglaterra.

"As pessoas não assistem a um filme feito para o Cinerama numa sala Cinerama há 35 anos", disse Jeff Graves, gerente do projeto da sala. "É uma oportunidade maravilhosa para exibi-lo."

Mas a volta do Cinerama tem vida curta. Trabalhando com o Seattle Film Festival, a sala de cinema de Allen vai exibir os filmes apenas na sexta-feira: "This is Cinerama", a estréia do formato, e o épico "How the West Was Won" ("A Conquista do Oeste").

A idéia do Cinerama surgiu em 1939, quando o inventor Fred Waller jurou, na Feira Mundial de Nova York, ter usado 11 projetores numa tela gigante. Os militares norte-americanos modificaram a tecnologia durante a Segunda Guerra Mundial, usando um sistema de cinco projetores para criar simuladores de combate para atiradores em aeronaves.

Waller reduziu o pacote a três câmeras e incluiu um sistema de áudio de sete canais, estreando o primeiro filme em Cinerama em 1952. O resultado abriu caminho para os filmes de 70mm, o som surround e o sistema IMAX, disse Larry Smith, presidente da Sociedade de Preservação do Cinerama.

Apenas sete filmes foram feitos para o formato, devido às dificuldades e aos custos dos equipamentos.

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