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Morrissey traz seu rock romântico para São Paulo

Da Reuters 04/04/2000 17h02
Em São Paulo

O friozinho e a garoa da noite de segunda-feira (3) em São Paulo propiciaram aos góticos retrôs a chance perfeita de envergar seus longos casacos pretos para ir ao show do pop star inglês Morrissey, no Olympia.

Mas nem só de adolescentes nostálgicos dos anos 80 _época em que ainda eram crianças de colo_ e de trintões saudosos era composta a platéia do bardo romântico. Clubbers, patricinhas, cabeludos e uma porção de “gente normal” lotou o show, recebendo o cantor aos gritos de “Morrissey! Morrissey! Morrissey!”, que começaram 20 minutos antes do horário marcado para o início da apresentação.

Como já era de se esperar, Morrissey fez o show quase totalmente baseado em sua carreira solo. Deu uma palhinha dos Smiths, como tem feito sempre na sua turnê mundial Aye Esteban!, mas isso não agradou completamente a todos.

Mesmo assim, com a banda executando um som pesado e coeso, e uma performance de palco exuberante, Morrissey provou ser um ótimo entertainer. Os gritos, aplausos e flores jogadas no palco comprovam que ele continua a ser um ídolo pop.

“Maravilhoso! Melhor show que já vi”, disse Flávio Garcia, comerciante de 20 anos, que acompanhou todo o show cantando as canções de cor. “Estou em êxtase”, afirmou Ricardo, de 20 anos, pesquisador, que veio de Fortaleza especialmente para o show. “Ele é praticamente uma Marlene Dietrich. Foi perfeito.”

Os mais velhos, porém, parecem ter sentido mesmo falta dos Smiths. “Muito bom, mas deixou a desejar. Faltaram sucessos. Morrissey é uma coisa datada”, disse à Reuters o veterano roqueiro Kid Vinil, apresentador da MTV.

“Foi bem legal. Mas não chega a causar comoção”, afirmou Fábio Massari, VJ da MTV. “Faltou um monte de Smiths.”

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