BUSCA Miner



Índice | Próxima

Chega às bancas o polêmico livro de Narcisa Tamborindeguy

MARCELO BARTOLOMEI 04/05/2000 17h55
Coordenador de Variedades da Folha Online

Divulgação

A capa do livro
Está armado o "palco": chega hoje (quinta-feira, dia 4) às livrarias e bancas de todo o país o polêmico livro da socialite carioca Narcisa Tamborindeguy, "Ai, que Loucura!", da Editora Caras, que será vendido em duas formas (brochura e capa dura), para atingir todos os públicos.

"Ai, que Loucura!" traz as memórias da socialite. Fala da sua infância, das festas que promove no Copacabana Palace, das festas que frequentou, da experiência que teve com drogas, de suas amizades, de suas viagens, entre outros temas. O texto é leve, coloquial, e, na maior parte do tempo, exalta Narcisa (também, com este nome!). Personalidades e familiares dão seus depoimentos sobre a socialite em um capítulo exclusivo, o 13.

Em brochura, por R$ 5,40, o livro pode ser encontrado em bancas de jornais e revistas. Com capa dura, a R$ 19,90, em livrarias e lojas de jornais e revistas de aeroportos. Fina a Narcisa, não? Fina, mas de língua afiada. Uma língua que não deixa passar nada na alta roda por onde circula na noite carioca.

Em capa dura, a mais cara, a edição é limitada: foram confeccionados apenas 2.500 exemplares vip, informa a Editora Caras, a mesma que faz a revista dos famosos. Já a edição em brochura, a popular, teve uma tiragem de 20 mil exemplares.

A Caras assumiu a edição do livro, que foi abandonada pela Record no ano passado, justificando que Narcisa, entre outras coisas, é cultura e dá dicas de viagens, livros, filmes etc.

No mesmo dia do lançamento, Narcisa promove uma noite de autógrafos no Copacabana Palace, no Rio, uma mega-festa para convidados vips. Festa, aliás, é o que ela parece saber fazer. No livro, traz memórias das principais, e especiais para ela.

As histórias

Uma das passagens mais esfuziantes do livro de Narcisa Tamborindeguy é quando ela conta como foi a festa do réveillon de 2000 em seu apartamento no edifício Chopin, na av. Atlântica, em Copacabana (zona sul do Rio). É lá que ela conta os bastidores da festa, os acontecimentos "internos" e os segredos da sua cabeça.

Outro ponto alto: a socialite fala das experiências com as drogas, que hoje jura ter abandonado. Na abertura do livro, escreve da esperança de que sua história sirva de advertência à juventude.

Em suas memórias, Narcisa descreve como se sentia no dia seguinte: "Eu acordava arrasada, me arrastando e me sentindo emocionalmente machucada". Conta também sobre o dia em que foi parar na delegacia, flagrada com amigos por uma blitz da polícia portando cocaína. Começou fumando maconha, se envolveu com álcool e fumou até skank (um tipo de maconha).

É nesta hora que Narcisa incorpora um Lair Ribeiro: dá dicas e orienta o leitor a se livrar das drogas. "Ser franco, falar a verdade e assumir para si mesmo e para os outros: 'Eu não posso usar drogas'", aconselha.

"Entrar em um avião nos dá uma sensação de liberdade." Só assim para justificar o guia escrito por Narcisa no capítulo 7. Mostra suas aventuras no Japão, na China, em Hong Kong, na Indonésia, em Cingapura, na Tailândia, na Rússia, nos EUA, na Suíça, no Hawaí, na França, na Inglaterra, na Itália, na Grécia, na Espanha, no México, na Austrália, na Argentina, no Uruguai e, claro, no Brasil.

O livro tem prefácio do escritor Roberto Drummond _de "Hilda Furacão"_, que diz ser Narcisa "a reinvenção de Capitu". A orelha é do imortal e cirurgião plástico Ivo Pitanguy. "Ninguém melhor do que ele para fazer uma orelha, não é?", diz a autora.

Leia também:
Trechos do livro
Socialite lança livro no Rio e quer ser membro da ABL

Clique aqui para ler mais de Ilustrada na Folha Online.

Índice | Próxima

 EM CIMA DA HORA