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“Lennon in America” está entre ficçãozinha e Pulitzer

da Folha de S.Paulo 30/05/2000 08h57
em São Paulo

Antes de embarcar na viagem ao mundo oculto de John Lennon, promovida por Geoffrey Giuliano neste polêmico “Lennon in America”, um crédito deve ser dado a este italiano obcecado por Beatles.

O autor parece ter tanta história para contar sobre os quatro de Liverpool que, veja você, conseguiu arrumar assunto para publicar até mesmo uma obra inteirinha dedicada à vida e à arte do guitarrista George Harrison (?!?).

“Lennon in America” é o sexto livro que Giuliano escreve sobre o grupo mais popular que já existiu. Então, a despeito de ser verdade o conteúdo de sua obra, e se nomes e fatos caros aos Beatles lhe interessam, dá para encontrar diversão nas letras de Giuliano.

Fato ou ficção, o autor “vende” o livro como um trabalho de mais de 16 anos de árdua pesquisa, que esmiuça inclusive os famosos diários não públicos de Lennon (que conseguiu por xerox em 1983).

Na tentativa de fazer do mítico Lennon um sujeito “normal”, capaz de fazer coisas como transar com a mãe, trair o melhor amigo, ser adúltero e pai odiado, Giuliano até que apresenta um bom ritmo documental neste “Lennon in America”. Mas só nos primeiros capítulos. Depois descamba para a mera tentativa de choque.

É sabido que Lennon não era fácil (ele admitia isso), que os Beatles brigaram muito por música e dinheiro. Mas a verdadeira “face oculta” de Lennon ainda está para ser mais bem documentada.

Na falta do preto no branco, “Lennon in America” segue valendo como um livro de férias para beatlemaníaco. Se a verdade for provada e coincidir com o que está em “Lennon in America”, Pulitzer para Giuliano.

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