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Documentário mostra o talento dos músicos cubanos

Da Reuters 31/03/2000 10h34
Em São Paulo

O documentário “Buena Vista Social Club”, do cineasta alemão Win Wenders, é um trabalho que reuniu, com alegria e muita competência, alguns dos maiores músicos cubanos do século 20.

Ao contrário do que acontece a maioria das trilhas sonoras, compostas com o propósito de complementar os filmes, “Buena Vista Social Club” foi filmado depois do lançamento do CD, ocorrido no final de 1996.

Naquele ano, o produtor norte-americano Ry Cooder reuniu um grupo de músicos da velha guarda de Cuba, que costumavam frequentar e se apresentar no “Buena Vista Social Club”, famoso clube dançante da década de 40 em Havana.

Com o disco na mão, o produtor iniciou uma turnê por países europeus e pelos EUA, terminando com uma histórica apresentação no Carnegie Hall, em Nova York, em julho de 1998. É essa trajetória de concertos, contada do ponto de vista dos músicos, que apresenta o documentário.

Wenders, que traz no currículo “Asas do Desejo” e “O Fim da Violência”, decidiu transformar o disco em filme por influência do amigo norte-americano.

Para isso, coletou os depoimentos dos músicos, que relatam suas experiências ao longo da carreira, mesclados por imagens do dia-a-dia em Havana.

Nesse ponto, Wenders põe sua mão de cineasta e transforma um documentário sobre a vida de velhos artistas em uma descrição fiel da vida atual em Cuba, sem a imposição de posições políticas.

Os artistas são a principal fonte de emoção do filme. O que mais se destaca é Ibrahim Ferrer, nascido há 83 anos. Outro grande parceiro é Rubén González, um pianista de 77 anos.

Entre os grandes artistas, há apenas uma mulher: Omara Potuondo. Suas interpretações são marcantes, principalmente nas canções que acompanha Ferrer nos vocais.

“Buena Vista Social Club”, o filme, estreou em Brasília e no Rio de Janeiro há duas semanas e começa a ser exibido em São Paulo nesta sexta-feira (31).

Sucesso nos cinemas do mundo todo, o documentário foi a grande surpresa do Oscar, pois tido como favorito até o momento da cerimônia, acabou perdendo o prêmio para o inédito “One Day in September”. Ainda assim, vale ser visto e revisto, como o show. Os artistas devem vir ao Brasil em abril mês para participar do Heineken Concerts.

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