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Veterano Osmar mostra fôlego no Paraná Por Flávio Arantes 05/08/97 17h16 Agência Folha De Curitiba O meia do Paraná Osmar dos Santos Machado mostrou, no jogo de domingo contra o Atlético-PR, que os 36 anos de idade não roubaram dele a juventude tão exigida de um jogador de futebol. Osmar foi o autor do terceiro gol, um dos mais bonitos da rodada, na goleada por 4 a 2 do Paraná contra o Atlético-PR. Um gol que exigiu do jogador velocidade e técnica. Depois de ser lançado na direita pelo meia Sandro, já no campo adversário, Osmar correu até a grande área. Lá, driblou o zagueiro Alberto e o goleiro Ricardo Pinto, antes de marcar com um chute de perna esquerda. Sobre o segredo da vitalidade aos 36 anos, Osmar responde com três palavras: perseverança, determinação e disciplina. ''O jogador tem que cuidar do seu corpo. Nunca fui de perder noite em festa'', diz Osmar. Para o jogador, sua disciplina foi fundamental. Sem ela, dificilmente estaria jogando futebol profissional até hoje. Osmar começou tarde. Aos 20 anos, depois de desistir de um emprego de contador em sua cidade natal, São Francisco do Conde (BA), fez teste e foi contratado pelo Ipiranga, time da primeira divisão do futebol baiano. Era 1981. Dois anos depois, chegou ao Bahia. Mas uma contusão na perna acabou afastando o jogador por três anos do futebol. ''A imprensa dizia que eu não tinha mais condição de jogo, que estava acabado para o futebol.'' Voltou em 1987 ao próprio Bahia, emprestado pelo Ipiranga. Foi bicampeão baiano naquele ano e tri em 1988. Segundo ele, terminou o campeonato como artilheiro (19 gols) eleito, pela própria imprensa baiana, o melhor jogador da disputa. Naquele ano, o Bahia conquistou também o Campeonato Brasileiro. Antes de jogar no Paraná, Osmar, que tem passe livre, estava atuando pelo Payssandu (PA). Chegou à equipe paranaense a oito rodadas do final do Brasileiro do ano passado, quando o time estava ameaçado de rebaixamento. O jogador ajudou a garantir a permanência da equipe na disputa e conquistou o pentacampeonato estadual deste ano. Depois de sofrer uma contusão no peito no jogo contra o Bragantino, ficou fora das partidas contra o Grêmio e contra a Portuguesa, únicos empate e derrota do Paraná na disputa. É titular da equipe do técnico Sebastião Lazaroni. Osmar diz não saber quando pretende parar de jogar. ''Isso só Deus sabe.'' Se ficou rico com o futebol, o jogador, que é casado e tem um casal de filhos, garante que não. ''Construí minha casa e tenho alguma coisa na minha terra. Mas a minha riqueza são mesmo os amigos e minha família.''
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