Sem obter a garantia de que seria imediatamente escalado como titular do time da Fiorentina a partir do próximo domingo, Edmundo afirmou e reafirmou que quarta-feira mesmo voltaria ao Rio de Janeiro. Promessa que às 21 horas de Roma, Edmundo começou a cumprir, deixando Florença para embarcar no vôo da Alitalia que decolava do aeroporto romano Leonardo da Vinci às 23h20.

Pouco antes de embarcar de Roma, Pedrinho insistiu em dizer que excluia a possibilidade de uma represália do clube, apesar do impasse criado pela insistência de Edmundo de jogar sempre que tivesse condições físicas e pela intransigência dos dirigentes da Fiorentina, que nunca aceitaram a pretensão do craque. "Todas as conversas que tivemos foram muito civilizadas. Nenhum dos nossos quatro interlocutores fez qualquer alusão a revides ou a iniciativas hostis contra Edmundo. Por isso, penso que tudo acabará sem maiores dramas", disse Pedrinho.

Ao presidente Vittorio Cecchi Gori e ao técnico Alberto Malesani, Edmundo reafirmou que tudo o que queria era jogar pela Fiorentina, que só aceitara a proposta de deixar o Brasil porque lhe asseguraram que teria um lugar certo numa grande equipe do futebol italiano. Inutilmente o presidente e o técnico da Fiorentina tentaram argumentar com as consequências nefastas que teriam para a equipe (no momento em grande forma e muito coesa) a aceitação da imposição de Edmundo, que antes de atender à convocação de Zagallo para disputar a Copa Ouro pela seleção brasileira vestiu a camisa da Fiorentina por apenas 100 minutos, entre treinos e jogos amistosos que disputou desde que desembarcou em Florença, dia 8 de janeiro deste ano.