Considerado fugitivo pela polícia há mais de 20 dias, Francisco, que trabalhava como motoboy, estava na cidade, próxima à fronteira do Brasil com a Argentina, desde quinta-feira. O suspeito, que usava um cavanhaque, foi reconhecido na terça por uma família de pescadores, a quem havia pedido hospedagem.

O suposto "maníaco do parque" não resistiu à prisão, efetuada por guarda da Brigada Militar. Segundo o comandante da unidade de São Borja, capitão José Righi, Francisco de Assis admitiu ser a pessoa procurada pela polícia. Depois, em entrevista à rádio CBN, ele alegou não saber que estava sendo procurado. "Tanto é que usava roupa de turista, bem chamativa", disse.

Ele contou à polícia que havia fugido para a Argentina de carona, chegando até Buenos Aires, e que resolveu voltar ao Brasil também de carona. Do lado argentino, ele atravessou para o Brasil por uma balsa até chegar em Itaqui onde tentou hospedar-se em uma pensão e onde foi reconhecido.

Nesta manhã, Francisco foi levado de avião até Uruguaiana, depois até Porto Alegre e, dali para São Paulo. Por enquanto, a polícia só tem fortes evidências para indiciar Francisco de Assis Pereira pela autoria de um dos crimes. Ele não conseguiu explicar como a carteira de identidade de uma das vítimas do "maníaco do parque" apareceu queimada no esgoto da sua casa.

Francisco garantiu não ter qualquer participação nestes crimes. Admitiu apenas conhecer a sua namorada Isadora, desaparecida desde fevereiro. "Eu até fui na polícia prestar depoimento quando ela desapareceu". O suspeito de ser o "maníaco do parque" reclamou de ser agredido pelos policiais e insinuou que chegou a pensar em cometer o suicídio. "Numa hora dessas a gente pensa besteira."

Outro agressor é preso em SP

Foi preso nesta manhã na zona sul de São Paulo o gráfico Joaquim Pereira, acusado por uma recepcionista de forçá-la a praticar sexo oral e anal em um terreno baldio na região do Jabaquara, mesma área em que o "maníaco do parque" escolhia suas vítimas. O gráfico foi autuado por atentado violento ao pudor. Ele resistiu à prisão.