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Acusados de queimar índio se contradizem em depoimento

Agência Folha 21/05/97 16h01
De Brasília

Dois dos acusados da morte do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos entraram em contradição nesta quarta-feira ao prestar depoimento no Tribunal do Júri do Distrito Federal. Max Rogério Alves, 19, dono do carro no qual estavam os rapazes, disse que Eron Chaves de Oliveira, 19, que irá depor ainda esta tarde, foi quem jogou álcool no índio, e os outros três palitos de fósforo aceso.

Antônio Novély Vilanova, 19, disse em seu depoimento à juíza Leila Cury que ''alguém'' se precipitou e jogou um fósforo enquanto Eron jogava álcool sobre o índio. Segundo ele, o fogo subiu até a garrafa, eles se assustaram e saíram correndo. Os dois chegaram ao tribunal em um carro policial, algemados.

O índio dormia em um ponto de ônibus de Brasília, na madrugada de 20 de abril, quando cinco rapazes -um deles menor de idade- jogaram álcool em seu corpo e atearam fogo. Ele teve 95% do corpo queimado e morreu no dia seguinte.



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