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Igreja pressiona contra projeto que prevê união homossexual

Agência Folha 25/06/97 11h48
De Brasília

A deputada Marta Suplicy (PT-SP) afirmou nesta quarta-feira que não esperava uma reação ''tão forte'' a seu projeto de união civil entre pessoas do mesmo sexo. ''Esperava uma reação, mas não com bispos ligando para pressionar contra o projeto'', afirmou. Na terça, o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), recebeu ligações telefônicas de bispos contra a proposta e declarou que irá votar contra o projeto.

O texto está sendo discutido no plenário da Câmara e pode ser votado ainda nesta quarta. Para que seja aprovado, é necessária a presença de pelo menos 257 deputados em plenário e dos votos favoráveis de pelo menos 129.

Segundo Marta Suplicy, é equivocada a idéia de que se trata de um ''casamento gay''. ''É um projeto que não altera o estado civil, isto é, a pessoa continua solteira, que proíbe a adoção, guarda e tutela de crianças e até de filho biológico e apenas dá direito de nacionalidade, aposentadoria, herança e convênio de saúde não pode ser chamado de casamento'', disse. Pela manhã, vários deputados discursaram contra a proposta. Citaram a Bíblia e afirmaram que o proposta é uma ''aberração''.


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