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Velório de passageiro da TAM reúne cerca de 300 pessoas

Agência Folha 10/07/97 16h31
De São José dos Campos (SP)

O velório do empresário Fernando Caldeira de Moura, morto na quarta-feira no acidente com o Fokker-100 da TAM, foi acompanhado por cerca de 300 pessoas nesta quinta-feira entre amigos e parentes. A mulher de Moura, Selma Paccini, esteve todo o tempo cercada por membros da Igreja Cristã Evangélica, da qual o empresário era diácono.

Os membros da igreja impediram que a imprensa se aproximasse de Selma. Durante o culto em homenagem a Moura, sua mulher falou por quase dez minutos. Ela considerou a morte do marido ''um chamado de Jesus''. Segundo ela, graças à fé está conseguindo suportar tudo com uma certa tranquilidade. Durante quase todo o velório, a mãe de Moura, Zaída Moura, esteve debruçada sobre o caixão.

O primo de Selma, o deputado Paulo Julião (PSDB), falou em nome da família. Ele disse que a família ainda não havia parado para pensar na hipótese de mover uma ação contra a TAM. O pastor João Arantes Costa disse que o acidente foi algo ''programado por Deus'' e que a família não deve se revoltar contra a empresa. Uma tia de Fernando, Lia Moura, também deu um depoimento curto a respeito da TAM ter arcado com todas as despesas. ''Meu sobrinho valia muito. De que adianta pagar por isso agora? Fica parecendo que ele não valia muito.''




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