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Ainda não foi descoberto causa de surto de meningite em Campinas

da Folha de S.Paulo 05/04/2000 21h59
em Campinas

O surto de meningite que vem atacando a região de Campinas já completou três meses, mas ainda não ganhou nome nem sobrenome. Até esta quarta-feira (04), o Instituto Adolfo Lutz não tinha identificado o agente etiológico causador.

Sabe-se até agora que não se trata de meningite meningogócica, a forma mais grave da doença. O que não é garantia de tranquilidade, afirma o infectologista e professor Vicente Amato Neto. Segundo ele, “é errado chamar este tipo de meningite de viral”.

O nome adequado é o de meningite linfomonocitária, porque no líquido cefaloraquidiano dos pacientes vem sendo encontrada uma quantidade maior de glóbulos brancos denominados monócitos e linfócitos.

O aumento desses glóbulos indica uma inflamação da meninge que pode ser causada por vírus, fungos, protozoários ou bactérias.
“Sem saber qual o agente causador, não há como controlar a doença”, diz David Uip, da Faculdade de Medicina da USP.
Amato Neto afirma que, se um surto parecido acontecesse nos EUA, equipes do CDC (Centro de Controle de Doenças) seriam enviadas ao local e o agente causador já teria sido identificado.

Roberto Badaró, infectologista consultor da Organização Mundial da Saúde, tranquiliza afirmando que, a esta altura, a maioria da população já estaria resistente ao vírus, e a tendência é de queda nos casos da doença.

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