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Secretária de Educação marca nova reunião com grevistas

06/06/2000 19h56
RAFAEL GARCIA
repórter da Folha Online

A secretária do Estado de Educação, Rose Neubauer, e representantes dos professores em greve voltam a se reunir nesta quarta-feira (7) para dar continuidade a negociações salariais.

No encontro, marcado para as 10h, estará presente também um representante da secretaria de Fazenda de São Paulo.

As entidades envolvidas na negociação são Apeoesp (sindicato dos professores), CPP (Centro de Professorado Paulista), Udemo (entidade que reúne diretores), Apampesp (professores aposentados) e Apase (supervisores de ensino).

Na última reunião, segunda-feira, a secretária propôs aos professores da rede estadual de ensino uma gratificação que varia entre R$ 48 e R$ 80, dependendo da jornada de trabalho. O valor mais baixo é referente à jornada semanal de 24 horas e o mais alto, de 40 horas.

Além da gratificação, o governo oferece aos grevistas um aumento de R$ 2 para R$ 4 no vale-refeição. Nenhum dos benefícios oferecidos se estende aos aposentados.

Os professores, que pedem um reajuste de 54%, criticaram a proposta. A diretoria da Apeoesp (sindicato dos professores) criticou a sugestão da gratificação, mas admitiu que, se as negociações não avançarem, pretende votá-la em assembléia, na próxima quinta-feira. A entidade reivindica uma proposta de aumento percentual.

Para o diretor da Apeoesp Roberto Felício, a gratificação ’destrói’ o plano de carreira. ‘Queremos um aumento proporcional para todos todas as categorias de professores, inclusive os inativos‘, afirma.

Rose Neubauer afirmou na última reunião que as reivindicações não salariais devem ser melhor discutidas no próximo encontro.

Entre os pontos reivindicados pelos professores estão a limitação de 35 alunos por sala de aula, aumento de aulas na grade curricular, fim das tele-salas (aulas em vídeo), e progressão continuada, fim da municipalização do ensino e cancelamento da reforma do ensino médio.

A secretária diz que alguns dos pontos criticados estão no programa de governo de Mário Covas, portanto são ‘inegociáveis‘.

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