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Para Metrô de SP, assassinato em vagão é um fato isolado

11/05/2000 21h55
CRISPIM ALVES
Coordenador de Cidades da Folha Online

A direção da Companhia do Metropolitano de São Paulo considerou um fato isolado o assassinato de César Henrique Lopes de Freitas, 53, ocorrido no interior de um vagão do metrô na noite de quarta-feira, na linha norte-sul.

“Foi um fato extremamente isolado e impossível de ser vinculado a uma suposta falta de segurança do metrô. Por se tratar de um caso de vingança, poderia ter ocorrido em qualquer local”, afirmou Décio Tambelli, diretor do setor de operações da companhia. “Todo caso de violência preocupa todo mundo, mas não vemos como evitar isso. Não só no metrô.”

Tambelli estima que no momento do crime havia cerca de 50 pessoas dentro do vagão. “Poderia ter acontecido uma tragédia. Como acontece quando tem um revide de tiro em qualquer lugar. Quantos tiroteios acontecem na cidade por dia?”, diz o diretor.

De acordo com ele, “nada resolveria um caso desse”. “Quando a pessoa está decidida, nada a segura.”

Tambelli afirmou que o Metrô tem conseguido, em uma parceria com as Polícias Civil e Militar, diminuir os delitos ocorridos nas estações e nos vagões.

A média mensal de crimes (de todos os tipos) tem diminuído, segundo o diretor, ano a ano. Em 98, essa média era de 598 delitos mês. No ano passado, caiu para 559. Nos três primeiros meses deste ano, baixou para 443.

“O metrô é uma cidade. São 2,5 milhões de passageiros por dia. É mais que uma Campinas. O número de crimes é insignificante”, afirmou Tambelli. No ano passado, foram presos 48 assaltantes.

Atualmente, o metrô conta com 800 seguranças. Nesta semana, foi aberto um concurso para contratar mais 90 pessoas até o final do ano. Além disso, há 12 postos da PM espalhados pelas linhas.

Há ainda um sistema de monitoramento feito por câmeras de TV. De acordo com Tambelli, há um estudo para instalar câmeras de TV em todos os vagões, mas ainda não há prazo para isso. “Não que vá resolver o problema, mas já é um fator inibidor.”

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