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Secretário-adjunto descarta 'qualquer reajuste' a professores em greve
16/05/2000 19h53
RAFAEL GARCIA
repórter da Folha Online
O secretário-adjunto de Educação do Estado de São Paulo, Hubert Alquerés, disse que não há como conceder "nenhum tipo de reajuste" aos professores em greve na rede de ensino médio e fundamental.
Segundo Alquerés, o aumento de 54,7% pedido pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) significa que a entidade "não está querendo negociar".
Alquerés afirma que o salários dos grevistas será descontado, se os professores se recusarem a repor aulas em julho.
Segundo a secretaria, apenas 3% dos professores estaduais estão em greve. O número de grevistas fornecido à imprensa é de 4.599.
Na opinião do secretário o dado não é contraditório em relação à passeata de professores do dia 12, que reuniu 10 mil pessoas na estimativa da Polícia Militar. "A passeata não foi só de professores", disse.
Alquerés diz que o reajuste "é inegociável" e não cabe no orçamento da secretaria porque os professores já receberam 158% de aumento durante o governo Covas. Segundo ele, panfletos da Apeoesp que ignoram a concessão do reajuste são "mentirosos".
O secretário-adjunto criticou também a reivindicação dos professores do piso de 5 salários mínimos para a categoria. A entidade quer que o valor seja válido para a menor jornada, de 24 horas semanais. Alquerés argumenta que o governo só se comprometeu em fixar o piso para a jornada integral, de 40 horas.
Na ausência da secretária Rose Neubauer, o secretário-adjunto recebeu jornalistas nesta terça-feira para esclarecer porque chamou a polícia à praça da República, onde professores montaram um acampamento.
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