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Jogo proibido pode ter motivado estudante de medicina
Da Redação 16/12/1999 20h45
Em São Paulo
O jogo "Duke Nukem 3D" pode ter inspirado o estudante de medicina Mateus da Costa Meira, que matou três pessoas ao atirar na platéia do cinema do MorumbiShopping no último dia 3 de novembro.
O desafio do jogo é enfrentar monstros em uma cidade. O jogador enfrenta alienígenas e não há seres humanos em cena. Mas, como no crime cometido por Meira, o jogador utiliza uma metralhadora, dá um tiro no banheiro e metralha a platéia de um cinema.
A polícia apreendeu três computadores na casa de Meira para ver se há ligação entre o jogo e o crime. O estudante de medicina tinha mais de mil CD-ROMs piratas em seu apartamento com programas e jogos que vendia pela Internet.
No cenário da batalha do "Duke Nukem", o jogador fica de frente para a platéia e de costas para a tela, na mesma posição que Meira ficou dentro do cinema do MorumbiShopping. No jogo, os monstros que precisam ser mortos estão em cadeiras. Em depoimento, Meira disse à polícia que ouvia vozes no meio da platéia e que, por isso, disparou contra as pessoas.
O jogador do "Duke Nukem" pode usar uma pistola ou uma metralhadora de mão que pode ser localizada em uma cena antes de chegar à do cinema. O estudante usou uma submetralhadora, feriu cinco e matou três.
No jogo, também há inimigos no banheiro do cinema. Na vida real, Meira disparou no banheiro contra o vidro. O "Duke Nukem" é um dos games mais utilizados por aficionados. Tem versões para PC, Macintosh, "play station" e consoles. Há sites sobre o jogo na Internet.
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