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Rebelião em cadeia de Piracicaba já dura 20 horas

Da Redação 17/01/2000 11h05
Em São Paulo

Os cerca de 670 presos da cadeia de Piracicaba (a 170 km de São Paulo) estão rebelados a 20 horas, desde às 15h de domingo. Há pelo menos 70 pessoas mantidas como reféns, além de dois carcereiros. No domingo, um preso morreu, e três policiais -dois civis e um militar- ficaram feridos na troca de tiros. Um dos policiais foi ferido no olho e está em coma.

Os presos amotinados arrombaram o depósito da cadeia e conseguiram se armar com uma metralhadora, seis espingardas calibre 12, seis pistolas e 11 revólveres. Esta é a quarta rebelião na cadeia desde a inauguração, em 1996.

Os rebelados exigem a liberdade, segundo informou o detento Oliel Ribeiro ao major Antonio Marcolino Vieira, comandante da Polícia Militar na região. Ribeiro é o líder da rebelião, segundo o major Vieira, que comandou ontem as negociações.

O juiz corregedor Cláudio Duprat do Amaral chegou à cadeia por volta do meio-dia para negociar com os rebelados, segundo informou a rádio CBN. Durante a madrugada houve novos tiroteios. O prédio fica na rodovia SP-147, que liga Limeira a Piracicaba, entre a pista e o rio Piracicaba. O local está isolado.

A rebelião teve início após um resgate de presos durante o horário de visita. Pelo menos 20 detentos conseguiram fugir. Segundo a Polícia Civil de Piracicaba, um grupo de pelo menos cinco homens, armados de metralhadora e espingardas calibre 12, invadiu a cadeia por volta das 15h de ontem. Os homens entraram na cadeia e renderam os carcereiros de plantão. Eles trocaram tiros com policiais.

Na ocasião havia cerca de cem pessoas fazendo visita aos presos. Trinta já foram liberados pelos presos.

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