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MP vai investigar loteamento clandestino de Guaianazes

23/05/2000 20h16
da Folha de S.Paulo

O Ministério Público Estadual abriu inquérito, nesta terça-feira (23), para investigar o loteamento clandestino do Jardim São Carlos, na região de Guaianazes (zona leste de São Paulo), de onde pelo menos 2.000 moradores foram expulsos de forma violenta pela tropa de choque na sexta-feira.

Diversas famílias teriam com prado os lotes de um suposto “grileiro”, que obteve o mandado de reintegração da área.

O promotor de Justiça da Habitação e do Urbanismo Mário Augusto Vicente Malaquias fez uma vistoria no bairro nesta terça e constatou que pelo menos 40 casas já foram demolidas.“Com as investigações vamos tentar apontar os responsáveis pela situação”, afirmou o promotor.

Segundo ele, diversos moradores devem ser ouvidos no inquérito. O advogado Dorival Antonio Biella é apontado como grileiro por moradores e deputados estaduais e será investigado pelo Ministério Público.

Ele nega as acusações e afirma que esperou cinco anos para que uma liminar com a ordem de reintegração da posse fosse cumprida. Neste período as famílias não tinham advogados e ficaram sem defesa jurídica.

Ex-foragido

A Folha apurou que Biella já foi foragido da Justiça e que teve pelo menos três processos na Justiça, todos arquivados, por loteamentos clandestinos e por estelionato.

O deputado estadual Paulo Teixeira (PT) e a vereadora Ana Maria Martins (PCdoB) se reúnem às 9h de quarta-feira (24) na Secretaria Estadual de Habitação para tentar conseguir abrigos provisórios para as famílias desapropriadas.

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