BILL
CLINTONVitória fácil
Mesmo com diversos casos
polêmicos em seu governo, o presidente Clinton consegue
seu segundo mandato graças a uma economia
saudável
BOL 21/11 21h22
Divulgação
Bill Clinton tinha apenas 46 anos quando
foi eleito o 42º presidente dos EUA, em 1992.
Catorze anos antes ele havia se tornado o mais jovem
governador americano ao assumir o executivo do
estado de Arkansas. Apesar de formado em Direito
pela Yale, uma das universidades mais respeitadas
do país, e de ter sido considerado brilhante em
sua formação, Clinton tem se mostrado
vulnerável a ataques contra seu caráter.
Versões conflitantes de como ele conseguiu
dispensa do serviço militar durante a Guerra do
Vietnam, acusações de infidelidade conjugal, e,
depois de eleito presidente, suspeitas de que cometera
irregularidades no caso do empreendimento imobiliário
Whitewater, causaram muita polêmica durante seu mandato.
A campanha a um novo mandato também foi tumultuada
pela acusação de que funcionários da Casa
Branca haviam recolhido cerca de 700 documentos
do FBI com informações a respeito de
republicanos.
Nos primeiros dois anos na Casa Branca, Clinton
obteve resultados modestos. Ele levantou uma
polêmica acirrada e enfrentou resistência dos
setores conservadores ao fazer campanha pela
admissão de gays nas Forças Armadas. Os republicanos
vetaram a permanência de tropas no Haiti. Mas a derrota
mais visível foi a rejeição do projeto de
reforma do sistema de saúde, liderado pela
primeira-dama Hillary Rodham Clinton. Sua maior
vitória foi a aprovação do North American Free
Trade Agreement (Nafta) - o mercado comum com
Canadá e México -, obtida com quase unanimidade
dos republicanos mas combatida pelos seus
correligionários democratas.
Muitos analistas atribuem parte do fracasso dos
democratas nas eleições parlamentares de 1994 a
uma suposta fraqueza de Clinton. Mas ao enfrentar
a oposição do presidente da Câmara republicano
Newt Gingrich, o presidente conseguiu
recuperar-se politicamente, fazendo vingar a
imagem perante a opinião pública de que o
projeto republicano para o país era radical e distante
dos objetivos do americano médio.
Clinton diluiu as críticas do GOP (Grand Old
Party - apelido do Partido Republicano)
prometendo atacar temas tradicionalmente republicanos
como combate ao crime, reforma da seguridade social
e estabeleceu um plano de sete anos para
reequilibrar o orçamento federal, motivo de
séria disputa em 1995.
No primeiro semestre de 1996, a administração
Clinton fez uma ofensiva e causou estragos nas
pretensões eleitorais do Partido Republicano que
resistiu a um aumento do salário mínimo. As taxas
de aprovação do seu governo subiram ao ponto
mais alto nos quatro anos enquanto o crescimento
econômico contínuo e moderado ao longo dos
quatro anos, permitiu que Clinton entrasse na
campanha com a economia na situação mais saudável
em anos.
Apesar de irritados com a sua em aprovar a
reforma da seguridade social, os democratas
resolveram se aglutinar em torno de Clinton, para
não correr o risco de ter o GOP dominando
Executivo e Legislativo. Foi a primeira vez em
mais de 40 anos que um presidente em exercício do
Partido Democrata não teve adversários na
convenção. Mesmo com todas as polêmicas,
Clinton conseguiu uma margem segura na maioria dos
Estados. Mas ele vai ter de conviver pelo menos
mais dois anos com um Congresso de maioria
Republicana. A missão é negociar.
FICHA TÉCNICA |
Nome |
William
Jefferson Clinton |
Data
de nascimento |
19
de agosto de 1946 |
Idade
no dia da posse |
50 |
Cidade
Natal |
Little
Rock, Arkansas |
Formação |
Georgetown
University (1968); Oxford University,
Rhodes Scholar (1968-70); Yale University
(1973) |
Família |
Casado
com Hillary Rodham Clinton; tem uma
filha, Chelsea |
Religião |
Batista |
Cargos
no Executivo |
Presidente
dos EUA (desde 1993), Governador do
Arkansas (1979 a 1993) |
Cargos
no Judiciário |
Procurador-geral
do Arkansas (1977-79) |
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