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Agrava-se a crise no gabinete ministerial da Colômbia

Da AP 04/05/2000 11h37
Em Bogotá (Colômbia)


O presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, começou a afastar os ministros questionados moralmente pela oposição liberal no congresso, em meio a uma batalha política pela convocação de um plebiscito contra a corrupção, que provocou um choque entre os poderes executivo e legislativo.

O ministro da Saúde, Virgilio Galvis, apresentou na quarta-feira (3) a sua renúncia, depois do anúncio de uma moção de censura no congresso, onde foi acusado de beneficiar uma clínica da qual é sócio, e de trabalhar com um funcionário que havia sido afastado por corrupção.

Com os rumores sobre a crise geral no gabinete, o ministro do Interior, Néstor Humberto Martínez, disse que, por enquanto, a única renúncia era a do ministro da Saúde.

O próprio Martínez deverá enfrentar, na próxima segunda-feira (8), uma moção de censura da oposição liberal sob acusação de fomentar a corrupção, mediante a entrega de propinas aos congressistas em troca de apoio aos projetos do governo.

O presidente Andrés Pastrana deve decidir, também, se aceita a renúncia do secretário-geral da Presidência, Juan Hernandéz, que foi acusado de utilizar a sua influência para obter contratos para a empresa da mulher.

A oposição diz que os acusados devem ser substituídos por funcionários de altas qualidades, que troquem o confronto pela negociação, com o objetivo de restabelecer o clima de concórdia política.

O confronto faz parte da estratégia dos congressistas para evitar que seja submetido à apreciação do povo um plebiscito que reduz os seus mandatos e convoca novas eleições. O ministro da Fazenda, Juan Camilo Restrepo, considerada a figura mais importante do gabinete de Pastrana, também deseja deixar o cargo, segundo fontes políticas..

Restrepo disse que a negativa da maioria liberal no congresso em apoiar as leis fundamentais para reativar a economia, não lhe dão opção de manobra para fazer frente à maior crise econômica do século.

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