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Equador altera data de devolução de dinheiro retido nos bancos
Da AP 13/01/2000 15h33
Em Quito (Equador)
Depósitos milionários que ainda se encontram congelados por determinação do governo no sistema bancário equatoriano tem um novo calendário de devolução, afirmou Alfredo Arízaga, ministro de Finanças.
O governo do presidente Jamil Mahuad ordenou, em março passado, o congelamento de 50% de todos os depósitos durante um ano para evitar a iminente ameaça de uma corrida bancária para uma frenética compra de dólares, devido à instabilidade econômica do país.
Após essa medida uma crise bancária foi desencadeada provocando o fechamento de 21 dos 42 bancos que operavam no país. Em declarações à imprensa, Arízaga disse que os depósitos e investimentos até US$ 4 mil, que estejam em bancos que operam normalmente, serão devolvidos na data de seu vencimento.
Os montantes congelados até o mesmo valor, mas que estão em bancos fechados, serão entregues depois de um ano da data de seu vencimento (março de 2001), acrescidos de uma taxa de 7%.
Ele acrescentou ainda que os depósitos superiores a US$ 4 mil, depositados em bancos operantes, serão devolvidos após um prazo de sete anos e receberão uma taxa anual de 7%, mas os depósitos superiores a esta quantia que estão em bancos fechados, só serão liberados em dez anos, com igual taxa de juros anual.
No sistema bancário do Equador existe o equivalente a US$ 2,9 bilhões que ainda não foram entregues aos seus donos. De acordo com a determinação inicial do governo, a totalidade do dinheiro retido nos bancos deveria ser devolvido no próximo mês de março, embora uma parte já tenha sido entregue aos depositantes no ano passado.
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