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Ambulâncias piratas são nova face da criminalidade no México

30/05/2000 14h25
da Reuters
Na Cidade do México

Houve época em que os habitantes da capital mexicana viviam com medo dos chamados "táxis piratas" -táxis roubados ou não licenciados usados por bandos de criminosos armados para assaltar e muitas vezes espancar seus infelizes passageiros.

A polícia conseguiu reduzir o número de assaltos cometidos nesses táxis, mas agora os moradores dessa metrópole têm que enfrentar mais um flagelo: as ambulâncias piratas.

"Nós as chamamos de fantasmas porque elas aparecem de uma hora para outra e ninguém sabe de onde vieram", contou Alejandro Gomez, chefe da frota de ambulâncias da Cruz Vermelha na Cidade do México.

Frequentemente estacionadas em cruzamentos importantes, ambulâncias batidas e enferrujadas ostentando logotipos pouco conhecidos são uma visão comum nas ruas da capital mexicana. Quando os faróis ficam vermelhos, jovens ajudantes vestindo aventais brancos, como os de médicos, e portando latas para coletar dinheiro, se aproximam dos carros pedindo contribuições para a manutenção dos veículos.

Gomez contou que os operadores dessas ambulâncias, muitos dos quais não possuem nenhum treinamento médico, grampeiam as frequências de rádio usadas pela polícia e a Cruz Vermelha para ouvir notícias sobre acidentes de trânsito, tiroteios e outros incidentes violentos. Quando ouvem uma notícia, correm com as ambulâncias para o local e cobram dos usuários o percurso coberto até o hospital.

"Quando estão mais perto do local do acidente, muitas vezes chegam antes de nós", contou Francisco Rangel, coordenador do turno diurno da frota da Cruz Vermelha.

Alejandro Gomez, que é dono de uma fábrica têxtil e administra a frota de 50 ambulâncias da Cruz Vermelha como trabalho voluntário, estima que operam na capital mexicana cerca de 80 equipes de ambulâncias piratas, algumas delas com até oito veículos.

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