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Ministro alemão quer abertura total das Forças Armadas para mulheres

30/05/2000 16h55
da Deutsche Welle

O ministro da Defesa da Alemanha, Rudolf Scharping, quer abrir totalmente as Forças Armadas para as mulheres. Em virtude dessa decisão radical do político do PSD (Partido Social Democrático), o governo adiou sua decisão sobre a reforma da lei sobre o serviço militar para a semana que vem. A mudança tem aprovação garantida no Parlamento, já que o parceiro de coalizão do PSD, o Partido Verde, até pressionou o ministro para acabar com a exclusão do sexo feminino do serviço militar em arma.

A participação das mulheres nas Forças Armadas alemãs limita-se atualmente aos serviços médicos e bandas de música. O impulso para a abertura anunciada em Berlim, nesta terça-feira (30), foi dado pela Corte Européia de Justiça, há meses, com uma sentença contra a exclusão das alemãs do serviço militar em armas. A discriminação é incompatível com o princípio da igualdade entre homens e mulheres, segundo os juízes da corte da União Européia.

O ministro Scharping reagiu inicialmente com uma rejeição parcial à sentença européia. Ele chegou a citar determinados setores militares que seriam adequados para mulheres. Mas acabou cedendo às pressões do Partido Verde e também de parte do seu partido. O novo encarregado do Parlamento para questões militares Willfried Penner, do PSD, também defendeu a abertura das Forças Armadas para as mulheres.

A abertura deverá coincidir com a ampla reforma e modernização das Forças Armadas alemãs planejada para o ano que vem. Nesse contexto, existe uma grande polêmica entre os dois partidos governistas. O PSD planeja manter o serviço militar obrigatório, embora com um número reduzido de recrutas. Já o Partido Verde quer simplesmente a extinção do serviço militar obrigatório e a criação de um exército profissional.

Depois de meses de estudos, uma comissão independente dirigida pelo ex-presidente Richard von Weizsäcker propôs uma redução dos 130 mil recrutas atuais para apenas 30 mil. A coalizão de governo ainda não apresentou seu projeto de reforma, mas o ministro da Defesa propôs uma redução global de 100 mil postos militares e civis nas Forças Armadas.

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