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Mil e quinhentos e três anos depois de seu fim, os Jogos Olímpicos
voltaram a ser celebrados. Foi Pierre de Fredy, o Barão de Coubertin,
o grande responsável pelo ressurgimento da antiga festa grega que
consagrava o esporte e o corpo, a saúde e a paz. E não foi tarefa
fácil.
Durante
toda a década de 1890, ele empregou sua fortuna para fazer o esporte
crescer na França e, mais tarde, organizar o Comitê Olímpico Internacional
encarregado de realizar os Jogos. Coubertin encontrou no plano internacional
um forte movimento de solidariedade às suas idéias. Viajando à Inglaterra,
Alemanha, Suécia e Estados Unidos, o Barão não só encontrou partidários
às suas teses de educação esportiva, mas também aliados para o renascimento
dos Jogos Olímpicos.
Em
23 de junho de 1894 foi fundado o Comitê Olímpico Internacional,
entidade não-governamental que promoveria o Movimento Olímpico e
organizaria periodicamente as Olimpíadas. O grego Dimitris Vikelas
foi eleito o primeiro presidente da entidade, clamando o direito
histórico de Atenas para ser a sede dos primeiros Jogos, em 1896.
O rei George 1º e o príncipe Constantino, da Grécia, dispuseram-se
a hospedar os primeiros jogos modernos.
Ficou
acertado que Atenas receberia os Jogos na primavera de 1896. Assim
como ocorrera na antiguidade, os jogos aconteceriam de 4 em 4 anos.
Coubertin relacionou as modalidades esportivas que estariam em disputa
e prescreveu o regulamento dos jogos. Uma série de rituais seriam
preenchidos para que o espírito e a tradição dos jogos antigos fosse
recuperada.
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