|
E S P E C I A L
CPI dos Precatórios
|
Cronologia da CPI
Principais fatos envolvendo a investigação dos títulos
Folha de S.Paulo 25/02/97
De Brasília
1º/11/96 - São feitas denúncias de irregularidades envolvendo
operações com títulos públicos realizadas pelos governos de
Santa Catarina e Alagoas.
26/11/96 - O Senado aprova a criação de uma CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) para apurar as denúncias.
3/12/96 - A CPI é instalada. Roberto Requião (PMDB-PR) é
designado relator, e Bernardo Cabral (PFL-AM) é o presidente
da comissão.
11/12/96 - Francisco Lopes depõe na CPI e diz que o Senado é
o principal responsável pelas emissões. Afirma que todos os
pedidos receberam recomendações contrárias do Banco Central,
mas acabaram sendo aprovados pelos senadores.
23/1/97 - CPI quebra o sigilo bancário, fiscal e telefônico dos
diretores de 24 empresas, 5 bancos e 18 distribuidoras e
corretoras. BC descobre que parte do lucro obtido nas
transações é enviado ao exterior por meio da agência paulista do
Banco de Rondônia (Beron)
31/1/97 - CPI quebra o sigilo de mais duas empresas, a JHL
DTVM e FN Negócios e Participações S/A. Um incêndio na
Assembléia Legislativa de Alagoas queima documentos da CPI da
Assembléia que apura fraude na emissão de títulos do Tesouro
Estadual. Integrantes da comissão afirmam que o incêndio foi
criminoso
19/2/97 - Em depoimento à CPI, Ibraim Borges Filho, da IBF
Factoring, confessa a existência de um esquema para desviar as
verbas, revela que a IBF era apenas uma empresa de fachada e
acusa outras empresas envolvidas
20/2/97 - Agentes da PF e funcionários do BC realizam uma
devassa nas empresas mencionadas por Borges Filho em seu
depoimento (Split, Negocial, Ativação e Olímpia). O coordenador
da Dívida Pública de São Paulo, Wagner Batista Ramos, revela
em seu depoimento que trabalhava para a corretora Perfil, uma
das envolvidas na emissão fraudulenta de títulos
21/2/97 - O secretário de Finanças de Celso Pitta, José Antônio
de Freitas, depõe na CPI. Diz que o dinheiro arrecadado com
títulos emitidos pelo município foram usados apenas para pagar
precatórios, mas não apresenta provas disso. O senador Roberto
Requião diz que ele está mentindo. Requião diz ainda que os
prejuízos com títulos pode chegar a R$ 6 bilhões. BC anuncia a
liquidação de 2 bancos, 3 corretoras e 10 distribuidoras de títulos
envolvidas nas irregularidades
22/2/97 - A CPI revela que boa parte do dinheiro deve ter
deixado o país por meio de doleiros. Integrantes da comissão
afirmam que 18 doleiros serão chamados a depor. Requião afirma
que CPI deve ser prorrogada por 90 dias
23/2/97 - Comissão investiga empresas estatais (Cesp,
Eletrobrás, Celesc) que lançaram debêntures nos moldes da
emissão irregular de títulos por Estados e municípios para o
pagamento de precatórios.
24/2/97 - CPI descobre que operações com debêntures de
companhias energéticas estaduais movimentaram cerca de R$ 1
bilhão. BC anuncia que vai abrir sindicância interna para apurar
responsabilidade e omissão por parte de funcionários em relação
aos precatórios. A CPI deverá se concentrar apenas nos títulos
públicos.
|