Agência Folha 17/04/97 13h52 De Brasília A chegada e concentração das três colunas da marcha dos sem-terra no início da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, se transformou em um grande ato de protesto contra o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e contra a privatização da Companhia Vale do Rio Doce. ''Em nome do MST, a sociedade brasileira ocupa a capital do país para dizer não ao neoliberalismo, à impunidade dos assassinos de Eldorado dos Carajás, à política agrária de Fernando Henrique Cardoso, à venda da Vale e à reforma administrativa'', afirmaram, em discurso no carro de som, lideranças do movimento. Na presença do presidente de honra do PDT, Leonel Brizola, do presidente do PT, José Dirceu, e de parlamentares de partidos de oposição ao governo, foi entregue um buquê de flores de boas vindas ao mais velho integrante da marcha dos sem-terra, o paulista de Promissão Luís Beltrami Castro, 89. ''A marcha é de apoio à reforma agrária e também de oposição ao governo, que não dá atenção às questões sociais e insiste na privatização da Vale. Ela representa a união e a solidariedade da sociedade'', disse José Dirceu, presidente do PT.
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