c r o n o l o g i a

5.mar.96

A fazenda Macaxeira, em Curionópolis (PA), é invadida por mais de 1.200 famílias de sem-terra

16.abr.96

Um grupo de 1.100 invasores, em marcha até Belém, obstrui a rodovia PA-150, em Eldorado do Carajás (PA)

17.abr.96

O governador Almir Gabriel ordena a desobstrução da estrada pela PM de Marabá e Parauapebas (PA). Às 17h, começa a operação. Há confronto: 19 sem-terra são mortos, e contam-se 70 feridos entre sem-terra e PMs. À noite, Gabriel afasta o comandante da PM de Marabá, coronel Mário Colares Pantoja

18.abr.96

São abertos inquéritos civil e policial militar sobre o caso

20.abr.96

Pantoja é detido em prisão domiciliar, onde permanece por 30 dias

8.mai.96

São divulgados os laudos da perícia judicial sobre o massacre. Os sem-terra foram mortos com tiros à queima-roupa, pelas costas ou na cabeça e golpes de machado e de facão

9.mai.96

O IPM (Inquérito Policial Militar) indicia 156 PMs

12.jun.96

O Ministério Público denuncia 155 PMs à auditoria militar (um motorista foi excluído do processo)

16.ago.96

O processo chega à Justiça Comum. O juiz de Curionópolis, Laércio de Almeida Larêdo, aceita denúncia contra 155 PMS, 1 civil e 3 sem-terra

25.out.96

O processo é desmembrado em dois. A acusação de homicídio contra os 155 PMS fica na Justiça Comum. A de lesões corporais vai para a Justiça Militar

6.mai.97

Dois novos juízes assumem o caso -Otávio Marcelino Maciel, na Justiça Comum, e Raimundo Holanda, na Justiça Militar

11.ago.97

Almir Gabriel depõe como testemunha de defesa

12.nov.97

O juiz Maciel faz a pronúncia dos réus e manda 153 PM a júri popular por homicídio doloso; também são acusados um suposto pistoleiro e três sem-terra

11.nov.98

O secretário de Direitos Humanos, José Gregori, defende que o julgamento aconteça em Belém, e não em Marabá, por acreditar que na capital do Pará haveria mais isenção

jan.99

Vinte e um jurados pré-selecionados são afastados

15.mar.99

O STF indefere todos os recursos impetrados pelos advogados de defesa dos policiais militares acusados pelo massacre. Com isso, estão encerradas as possibilidades de a defesa apresentar recursos e os réus terão que ser levados a julgamento

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