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Secretário acredita que acusação é trama política

Do "Agora São Paulo" 01/04/2000 22h14

O secretário de Governo da cidade de São Paulo,Carlos Augusto Meinberg, afirmou que a suposta lista de propinas é uma tentativa de criar tensão no bom relacionamento entre o prefeito e os vereadores.

“Estou tranquilo. Essa lista é uma tentativa de desestabilizar o bom relacionamento do Poder Executivo com o Legislativo, que está às vésperas da votação do pedido da OAB”, disse Meinberg, que será intimado a depor à Polícia Civil na próxima semana.

Na terça-feira, a Câmara Municipal deve constituir uma comissão especial para analisar o pedido de impeachment do prefeito Celso Pitta (PTN) feito pela seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Meinberg afirmou ainda que acredita na investigação da polícia e do Ministério Público, que, segundo ele, “provará que a lista é infundada”.

Os vereadores citados nos documentos entregues ao Ministério Público negam as denúncias e põem em cheque a acusação anônima.

“Como podem enlamear uma pessoa levando a sério uma denúncia anônima?”, disse Milton Leite (PMDB). “Nunca recebi direta ou indiretamente pelo meu voto.”

Maria Helena (suspensa do PL) disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que irá processar a revista “Isto É”, que divulgou os documentos. Segundo a revista, ela teria recebido R$ 380 mil.

Toninho Paiva (PFL), também por meio da assessoria, disse que desconhece o pagamento de mesadas aos vereadores. Paiva, teria recebido, segundo a “Isto É”, R$ 375 mil de propina.

O vereador Miguel Colasuonno (PMDB), citado pela reportagem como um dos que recebiam propinas da prefeitura, afirmou ontem que acusações sem assinatura não podem ter “peso relevante”.
“Documento anônimo não tem valor nenhum. Estamos numa fase de selvageria político-jornalística.” Segundo a revista, o vereador teria recebido R$ 425 mil.

Alan Lopes (PTB) preferiu ignorar as denúncias. Para ele, é uma grande “piada” a idéia de que o prefeito Celso Pitta tenha gasto R$ 3,1 milhões com sete vereadores.

Os vereadores Osvaldo Enéas (sem partido) e Brasil Vita (PPB) não foi encontrado pelo Agora.

Leia mais sobre o Pittagate na Folha Online.




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