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General Ricardo Fayad pede afastamento do cargo
 

Agência Folha 02/04/98 20h55
De Brasília

O general Ricardo Agnese Fayad, 57, subdiretor de Saúde do Exército, pediu afastamento por seis meses das funções militares. Na prática, significa que ele será exonerado do cargo. Fayad é acusado por grupos de defesa dos direitos humanos de ter sido conivente com sessões de tortura durante o regime militar (64-85). Ele serviu como médico em um quartel na Tijuca (zona norte do Rio), e, segundo as denúncias, sua tarefa era verificar as condições dos presos para suportar torturas.

Desde o início de março, o presidente Fernando Henrique Cardoso vinha sendo pressionado por diversos segmentos da sociedade civil para afastar Fayad do cargo. O presidente disse que não tomaria qualquer decisão, mas pressionou de diversas formas para que o Exército e o próprio Fayad buscassem um desfecho que terminasse com o afastamento do general.

A carta com o pedido foi entregue por Fayad ao ministro do Exército na residência dele, na noite de quarta. Em seis meses, Fayad terá de optar entre retornar ao Exército ou pedir sua passagem para a reserva.


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